Dilma acompanhou abertura do
Mundial entre Joseph Blatter, presidente da Fifa, e sua filha (Foto:
William Volcov)
|
O
xingamento contra a presidente Dilma Rousseff (PT), na Arena Corinthians, em
São Paulo, durante o jogo de abertura da Copa do Mundo de 2014, que está sendo
disputada no Brasil, terminou sendo motivo de mais um debate político-eleitoral
no País. Especialmente diante das reações dos principais pré-candidatos à
presidência pela oposição, Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), mais no
sentido de entender o comportamento de parte do público presente ao jogo entre
Brasil e Croácia do que propriamente em criticá-lo.
Eduardo
Campos avaliou o episódio como natural, acusando Dilma de haver plantado o que
colhera. Ou seja, segundo ele, seria uma resposta popular à “postura arrogante”
da atual mandatária do País.
O
tucano Aécio Neves fez uma declaração inicial na mesma linha de Campos, mas, de
alguma forma pressionado por cobranças que circularam pela Internet,
especialmente através de blogs, expressou nova opinião através do Facebook. Em
texto publicado na rede social, Aécio se reafirma crítico de Dilma, mas se
manifesta contra os xingamentos. dizendo que “os limites do respeito pessoal
não devem ser ultrapassados.
A
pouca e tímida solidariedade dos adversários de Dilma, diante da agressão aos
olhos do mundo, foi entendida dentro do PT como mais uma indicação de que a campanha
eleitoral de 2014 será a mais difícil e dura de todas as disputadas desde a
chegada ao poder, em 2002.
Apesar
da grande discussão político-eleitoral que gerou, porém, o episódio passou
praticamente desapercebido pela imprensa internacional que praticamente não
registrou os xingamentos contra a presidente na abertura da Copa.
Ítalo
Coriolano, editor-adjunto de Conjuntura do Jornal O Povo publicou na sua Coluna Ponto de
Vista o seguinte artigo que recomendamos
leitura:
Repúdio ao desrespeito“Ei, fulano, vai tomar no...”. A frase extremamente chula já virou rotina nas partidas de futebol Brasil afora. Do nada, lá vem o coro de palavras de baixo calão na tentativa de atingir algum jogador, um técnico, ou o mesmo o juiz. Comportamento que revela o grau de desrespeito já naturalizado no mundo dos esportes.
De forma inacreditável, a vítima da vez foi a presidente da República Dilma Rousseff, durante a abertura da Copa do Mundo. Assisti ao vídeo com as imagens do lamentável episódio somente na sexta-feira, 13, e confesso que fui tomado por um misto de tristeza, vergonha e revolta.
Afinal, o que a petista teria feito de tão ruim para merecer esse tipo de tratamento de uma elite social que, convenhamos, não tem muito do que reclamar nos últimos anos? Mas tudo bem, protestemos contra os supostos mal-feitos do governo, as obras atrasadas, os altos impostos, ou mesmo o jeito de Dilma de conduzir o País.
Vaias já eram esperadas. Mas apelar para um linguajar desses extrapola todas as barreiras do bom-senso.
O planeta, agora, tem real noção do nível de irracionalidade imbricada em parte da nossa população, e alimentada por um ódio complicado de explicar, mas que talvez tenha relação com o preconceito, ou mesmo com a incapacidade de não se deixar levar por movimentos de oposição vazios e, como neste caso específico, grotescos.
Não foi só a figura da presidente que acabou atingida. Sentiu a pancada quem jamais seria tolerante a atos animalescos contra quem quer seja. A verdadeira política, caríssimos, anda a léguas de distância dessa baixaria.
Com
informações O Povo Online
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