Estamos
a um só tempo conectado. Há quem passe o dia inteiro navegando. Pesquisando,
estudando, trabalhando e até praticando o ócio. O mundo da tecnologia propiciou
e propicia essa diversidade, essa variedade de ações a se fazer cotidianamente.
Mas, com ela veio, ou melhor, foram incorporado ações e atitudes que antes só
víamos nas ruas, nos bares, nas calçadas de casas e estabelecimentos comerciais
(demagogias, falsos moralistas e rivalidades política-partidária. Esta última
longe de fomentar um dialogo). Ao contrário, protagonizam a cultura do eu, o
desenvolvimento do falar para o meu grupo. Longe ainda de protagonizar a arte
democrática, do respeito ao outro, a opinião do outro.
Some-se
a isso o fato de que vira e mexe aparecem os “brincantes” da comunicação.
Aqueles que não conhecem sequer o bom senso. Que fazem delas a arte do informar
somente quando vai atingir ou reforçar seu ego e do “seu grupo”, não se
importante com o zelo de que deve ter um bom comunicador – o respeito pelo
leitor e, principalmente, por aqueles que por n razões pensam diferente. Muitos
pensam que comunicar, informar é ter como norte e foco principal o (a) gestor
(a). Outros ainda têm a audácia de pensar que ela é feita tão somente quando
surge fatos que coloque em xeque uma administração e outros ainda (os
brincantes e os aprendizes que não querem aprender) pensam que não necessita
dar satisfação.
É
ainda aqui, proporcionado inclusive por essa “pedagogia do meu grupo” – ciclo
de pessoas que partilham das mesmas ideias, a grande maioria delas ligadas ao
polo político) que testemunhamos as curtidas, os comentários e, quando muito,
os compartilhamentos – para nos expressar na linguagem facebookiana. Essas
chegam até a nos deixar desnorteados. Por exemplo, se um personagem ligado a elite
dominante atualizar seus status afirmando que (sei lá – risos) está prestes a
tomar banho em poucos minutos iremos perceber várias curtidas e comentários
(nem que seja simplesmente para um “kkkk”). No contraponto, se qualquer outro
cidadão escrever algo mais sério não irá ter a mesma atenção.
Na
mesma linha de raciocínio temos (e em grande número) os curtidores e
compartilhadores daqueles que ocupam cargos do alto escalão. Mais notável ainda
é quando uma pessoa simples atualiza o status e não há curtidas, nem
comentários. Porém, se alguém do centro do poder compartilhar esse status antes
ignorado, haverá curtidas pelos que ignoraram.
Finalmente,
mas não menos importante, devemos afirmar que há um reforço, com as redes
sócias de falsos moralistas, de demagogos, da“pedagogia do meu grupo” e uma
volta da política dos “olhos e ouvidos do rei”, o que chamamos carinhosamente
de “os corujas das redes sociais".
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