Em
pronunciamento à nação, nesta terça-feira (10/06), a presidenta Dilma Rousseff
afirmou que o Brasil venceu os principais obstáculos rumo à Copa do Mundo 2014
e está preparado para a competição, a partir desta quinta-feira (12/06). Ela
comparou a organização do Mundial com uma partida de futebol, na qual resultado
e celebração final valem o esforço, além de esclarecer detalhes sobre período
de preparação do país para o evento, enfatizando objetivos alcançados.
“Os
pessimistas diziam que não teríamos Copa porque não teríamos estádios. Os
estádios estão aí, prontos. Diziam que não teríamos Copa porque não teríamos
aeroportos. Praticamente, dobramos a capacidade dos nossos aeroportos. Chegaram
a dizer que iria haver racionamento de energia. Quero garantir a vocês: não
haverá falta de luz na Copa, nem depois dela. Chegaram também ao ridículo de
prever uma epidemia de dengue na Copa em pleno inverno, no Brasil!”, exclamou.
Além
das grandes obras físicas e da infraestrutura, Dilma destacou a entrega de
sistema de segurança capaz de proteger e garantir direito de brasileiros e
visitantes que querem assistir ã Copa. O pronunciamento dela também citou
moderno sistema de comunicação e transmissão nas 12 cidades-sede, e reiterou
que o Mundial apressou obras e serviços previstos antes no Programa de
Aceleração do Crescimento (PAC).
“Construímos,
ampliamos ou reformamos aeroportos, portos, avenidas, viadutos, pontes, vias de
trânsito rápido e avançados sistemas de transporte público. Fizemos isso, em
primeiro lugar, para os brasileiros. Tenho repetido que os aeroportos, os
metrôs, os BRTs e os estádios, não voltarão na mala dos turistas. Ficarão aqui,
beneficiando a todos nós. Uma Copa dura apenas um mês, os benefícios ficam para
toda vida”, comentou.
Sobre
críticas de que os recursos da Copa deveriam ter sido aplicados em saúde e
educação, Dilma disse que escuta e respeita essas opiniões, mas que se trata de
um falso dilema. Ela apresentou a somatória dos orçamentos nas duas áreas, no
mesmo período quando começaram as obras dos estádios. De 2010 até 2013, os
recursos para as arenas chegaram a R$ 8 bilhões, contra R$ 1,7 trilhão em
educação e saúde: um valor 212 vezes maior.
“Vale
lembrar, ainda, que os orçamentos da saúde e da educação estão entre os que
mais cresceram no meu governo. É preciso olhar os dois lados da moeda. A Copa
não representa apenas gastos, ela traz também receitas para o país. É fator de
desenvolvimento econômico e social. Gera negócios, injeta bilhões de reais na
economia, cria empregos”, ressaltou.
A
presidenta também reforçou que as contas da Copa estão sendo analisadas,
detalhadamente, pelos órgãos de fiscalização. Ela frisou que responsáveis por
irregularidades, devidamente comprovadas, serão punidos com rigor.
Dilma
apresentou resultados do país para afirmar, no pronunciamento, que o Brasil
desta Copa é muito diferente do país de 1950, que recebeu o primeiro Mundial.
“Hoje,
somos a 7ª economia do planeta e líderes, no mundo, em diversos setores da
produção industrial e do agronegócio. Nos últimos anos, nosso país promoveu um
dos mais exitosos processos de distribuição de renda, de aumento do nível de
emprego e de inclusão social. Reduzimos a desigualdade em níveis
impressionantes, levando, em uma década, 42 milhões de pessoas à classe média e
retirando 36 milhões de brasileiros da miséria”, analisou.
A
presidenta exaltou ainda a democracia brasileira, a qual classificou como
jovem, dinâmica e pujante, embora tenha passado, há poucas décadas por uma
ditadura. Segundo ela, desfrutamos de absoluta liberdade e convivemos com
manifestações populares e reivindicações que ajudam a aperfeiçoar, cada vez
mais, nossas instituições democráticas, que nos respaldam para garantir a
liberdade de manifestação e coibir excessos e radicalismos de qualquer espécie.
Logo
no início do pronunciamento, Dilma falou da satisfação e da alegria de sediar a
maior Copa da história, em que pelo menos três bilhões de pessoas ficarão
fascinadas pela arte das 32 melhores seleções de futebol do planeta. Em nome do
povo brasileiro, ela saudou a todos que estão chegando para a Copa pela paz e
contra o racismo.
“A
Copa pela inclusão e contra todas as formas de violência e preconceito. A Copa
da tolerância, da diversidade, do diálogo e do entendimento. Em todos os
países, sempre fomos muito bem recebidos. Vamos retribuir, agora, a
generosidade com que sempre fomos tratados, recebendo calorosamente quem nos
visita. (…) Amigos de todo o mundo: cheguem em paz! O Brasil, como o Cristo
Redentor, está de braços abertos para acolher todos vocês”, afirmou.
A
presidenta finalizou o discurso com vibrante mensagem de apoio ã Seleção
Brasileira, a qual classificou como “poderoso patrimônio do povo brasileiro”.
Para ela, o time Canarinho representa a nacionalidade, acima de governo, de
partidos, e de interesses de qualquer grupo. E considerou que o Brasil precisa
retribuir aos desportistas tudo o que eles têm feito pelo povo e pelo país.
Com
informações Blog do Planalto
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