A
crise interna no Pros por conta da disputa em torno do Ministério da Integração
Nacional ganha contornos cada vez mais graves. Ontem, o secretário estadual da
Saúde, Ciro Gomes, afirmou que seu próprio partido está colocando “a faca no
pescoço da presidente (Dilma) para nomear corrupto interessado em roubar e não
em fazer políticas públicas decentes”.
Dirigentes do Pros não aceitam a permanência
de Francisco Teixeira -nome ligado ao governador Cid Gomes (Pros) - no cargo, e
ameaçam sair da base da presidente Dilma Rousseff caso a troca não seja
realizada.
Ciro
chegou a ameaçar deixar o Pros, afirmando que não aceita o participar “de um
partido que use a chantagem como ferramenta de luta política. Não aceito!”. A
declaração do ex-governador foi feita durante visita do ministro da Saúde,
Arthur Chioro, ao Hospital Geral de Fortaleza (HGF).
Seu
irmão, Cid Gomes, já havia classificado como “chantagem” a pressão do Pros
nacional. “Abomino qualquer tipo de chantagem. Saí do PSB porque o partido
resolveu ter candidatura à Presidência e eu não concordei. Minha condição (para
entrar em outro partido) era o apoio a Dilma. E o Pros garantiu apoio a Dilma”,
disse.
Ciro
Gomes ainda mandou um recado para o líder do Pros na Câmara dos Deputados,
Givaldo Carimbão (AL), que disse em uma entrevista ao jornal O Estado de S.
Paulo ter conversado com o ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil) sobre a
substituição de Teixeira por um “militante do Pros”. “Não aceito e estou
avisando ao senhor Carimbão, que está querendo nomear um corrupto para o
Ministério da Integração. Esse camarada de Alagoas cujo nome eu não sei”,
enfatizou.
O
“camarada” ao qual Ciro Gomes se refere é Marco Fireman, ex-secretário de
Infraestrutura do governador de Alagoas, Teotônio Vilela (PSDB). Já Teixeira
assumiu a Integração no ano passado, após consulta de Dilma a Cid. Ele
substituiu Fernando Bezerra, que saiu do cargo após seu partido, o PSB, romper
aliança com Dilma Rousseff.
Com
informações O Povo Online
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