O
governador Cid Gomes (Pros) declarou ontem que cabe aos cearenses julgar se o
senador e pré-candidato ao governo Eunício Oliveira (PMDB-CE) mostra coerência
quando critica a gestão estadual, na qual o PMDB esteve de 2007 até o começo
deste mês.
“Se
o Eunício quiser romper com esse projeto, direito dele, opção dele. Eu não
darei um único argumento sequer. Ele teve até semana ‘trasada’ pessoas do PMDB,
indicadas por ele, participando do governo. E, se faz crítica agora, as pessoas
que julguem se é coerente ou se não é”, afirmou Cid, respondendo ao jornal O
POVO, em coletiva durante inauguração da ampliação da fábrica da Ambev, em
Aquiraz.
O
PMDB, presidido no Ceará por Eunício, entregou no último dia 2 os cargos que
ocupava no secretariado de Cid, argumentando que com isso o senador teria total
liberdade para trabalhar sua candidatura ao Palácio da Abolição. Uma semana
depois, Eunício começou a condenar publicamente o desempenho do governo em
setores como segurança pública e saúde.
Mesmo
assim, e depois de já ter dito ao jornal O POVO que “não deve nada a Eunício
nem Eunício a ele”, o governador reiterou ontem que ainda acredita em ter
Eunício no seu palanque em outubro. “A esperança é a última que morre. Espero
que o PMDB ainda se mantenha como parceiro nesse projeto”.
Sobre
o anúncio da ex-prefeita Luizianne Lins (PT) de que não apoiará nenhum
candidato de Cid, nem se ele for petista, o governador disse que “é problema
dela ou do PT”, e observou que a postura de Luizianne dá margem a processo por
infidelidade partidária.
“Cada
pessoa tem a sua preferência e sua liberdade. Se ela diz que não vai votar no
candidato que seja apoiado pelo partido dela, problema dela, ou do PT. Pode ser
o caso, por exemplo, do partido abrir um processo de fidelidade partidária. Não
pode acontecer isso? Como pode não acontecer também. Prefiro não comentar”.
Cid
voltou a afirmar que só depois de discutir um projeto de governo vai escolher
seu candidato, que poderá sair de qualquer das legendas aliadas. Mas fez a
consideração em favor do Pros.
“O
natural é que o peso, a proporção, a força de cada partido seja levada em
conta. Então é mais provável que os partidos que têm mais deputados, mais
prefeitos, maior representação, tenham precedência na definição de cargo. Mas o
fundamental é o projeto”.
Com
informações O Povo Online
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