O
governador Cid Gomes (Pros) evitou comentar a investigação da Procuradoria
Regional Eleitoral a eventos políticos do PMDB, mas não se conteve em reafirmar
a decisão do seu partido em deixar a escolha do candidato à sucessão para o
período estabelecido pela regra eleitoral, entre 10 e 30 de junho.
“Talvez
se a gente já tivesse candidato ele estivesse, hoje, sendo alvo de operações da
Polícia Federal”, destacou Cid. O governador disse que não comentaria as
insinuações do senador Eunício Oliveira, pré-candidato do PMDB ao Governo, mas
afirmou esperar que, no dia em que Eunício tiver algo para tratar com ele, o
faça diretamente com o governador, “como eu sempre fiz com ele”, disse Cid.
Para
o chefe do Executivo, as relações eleitorais estão se tornando “subjetivas” e
citou as mudanças de decisões judiciais em relação aos eventos do PMDB.
“Candidatura antecipada é uma coisa que eu sempre critiquei. A gente não tem
liberdade para fazer o que quiser, a gente tem de seguir a lei sempre”,
pontuou. Cid reiterou que, até o final de junho, o Pros deve divulgar
“candidatura própria ou de um partido parceiro” para o Governo do Estado.
A
Polícia Federal cumpriu ontem (29/05) mandados de busca e apreensão na Câmara
Municipal de Fortaleza e na sede do PMDB na Capital. Segundo o titular da
Procuradoria Regional Eleitoral (PRE), Rômulo Conrado, a ação faz parte de
investigação do órgão sobre possível uso da máquina da Casa para beneficiar
pré-candidatura de Eunício Oliveira (PMDB) ao Governo.
De
acordo com o procurador, a PF foi à Câmara recolher documentos envolvendo
denúncia de que veículos oficiais do Legislativo teriam sido usados para
transportar vereadores de Fortaleza para eventos pró-Eunício no Interior. Em
março deste ano, pelo menos 12 vereadores da Capital compareceram a evento do
PMDB em Croatá. Segundo o procurador, a PRE requisitou informações sobre o caso
à presidência da Câmara, que negou as acusações mas não ofereceu documentação
completa sobre a denúncia. “Por conta disso, pedimos que a PF recolhesse essas
informações, para investigação completa”, disse ao jornal O POVO.
Na
sede do PMDB em Fortaelza, a PF realizou batida em busca de elementos de
suposta propaganda antecipada de Eunício, tais como blusas, apitos e jornais.
Segundo o MP, esses itens vêm sendo distribuído em eventos do partido.
Eunício
Oliveira disse estar “pasmo e indignado” com as batidas da PF. Classificando
denúncia que motivou a ação como fruto de “arapongagem”, o senador insinuou que
acusações viriam de “partidos que não querem ouvir a sociedade”. “O PMDB não
fez nada de errado, estava apenas ouvindo a sociedade. Existem partidos que não
querem ouvir a sociedade, acham que ela não pode participar. Aí não querem que
os outros ouçam”, disse o senador ao jornal O POVO.
Durante
pronunciamento, o presidente da Câmara, Walter Cavalcante, negou uso eleitoral
da estrutura da Casa. “Quero afirmar com toda a convicção e veemência que, em
nenhum momento, foi utilizado qualquer recurso da Câmara para pré-campanha
eleitoral, como também não foi feito em outras gestões. Já passei todas
informações à Procuradoria, inclusive, que os vereadores foram ao evento do
PMDB com o transporte pago pelo partido”, declarou.
Com
informações O Povo Online
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