Eduardo Campos e Marina Silva agora tentam reforçar diferenças com Aécio Neves e o PSDB (Foto: Alice Vergueiro)
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O
pré-candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, endossou a
afirmação da ex-senadora Marina Silva, publicada no jornal Folha de S.Paulo de
ontem, de que o PSDB tem “cheiro de derrota.” Ele disse que a afirmação de
Marina é um fato. “A análise da Marina é a visão de muitas pessoas. É um fato
das três últimas eleições (o PSDB perdeu no segundo turno para presidente)”,
disse Campos, em Uberaba (MG), em visita à Expozebu, maior feira pecuária do
país.
A
ex-ministra do Meio Ambiente e pré-candidata ao cargo de vice na chapa liderada
pelo ex-governador de Pernambuco afirmou que o partido do senador e também
pré-candidato Aécio Neves --que até agora tem mantido uma relação amistosa com
Campos--, tem “cheiro da derrota” no segundo turno. Ela falou ainda que Campos
é o único capaz de impedir a reeleição de Dilma Rousseff (PT).
Ele
disse que é preciso superar essa polarização e mostrar novos “caminhos ao
Brasil”. “Precisamos sair dessa velha briga do ‘nós e eles’. Isso já não é mais
suficiente para um debate político. A sociedade não quer mais esse tipo de
debate, mas quer quem apresente caminhos e não fique apenas apontando erros”,
disse Campos.
Ele
se reuniu com empresários ligados à pecuária, que se mostraram preocupados com
o fato de Campos estar ao lado de Marina, que historicamente sofre resistências
do agronegócio brasileiro. Campos,
no entanto, minimizou as críticas do setor.
“O
problema (da agricultura brasileira) não é a Marina. É um segmento que precisa
de um olhar mais efetivo do governo. É natural que tenha alguns que apoiem a
nossa candidatura e outros que apoiem outras”, afirmou.
Ele
também disse que a sua chapa não tem “preconceito com os agropecuaristas” e que
vai buscar diálogo com todos os setores para fazer um programa de governo. “Não
temos preconceito com quem faz pecuária no Brasil, até porque para ganhar
mercado lá fora eles precisam ter compromisso com a sustentabilidade”, disse.
Essa
não é a primeira vez que Campos procura demonstrar diferenças com Aécio Neves.
No último dia 4, o peessebista afirmou que o projeto dele e do tucano para o
país são “distintos”. A declaração ocorreu dois dias depois do tucano afirmar
que não vê o ex-governador como adversário e que poderiam estar juntos em 2015.
“Temos
diferenças, tanto que somos de partidos diferentes. A última vez que tivemos
juntos no palanque nacionalmente foi na eleição do Colégio Eleitoral, depois de
perdermos a campanha das Diretas Já!”, disse Campos, no Rio, onde participou de
encontro da Juventude do PPL.
Com
informações O Povo Online
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