Em
2015, todas as universidades estaduais do Ceará deverão aderir ao Sistema de
Seleção Unificado (Sisu). Comissões especiais das Universidades Vale do Acaraú
(Uva) e Regional do Cariri (Uva) analisarão, ao longo do segundo semestre,
metodologias e impactos da oferta de vagas ao sistema. A principal preocupação
é sobre a garantia do acesso de estudantes das regiões onde as instituições
estão instaladas e, entre os benefícios analisados, está a possibilidade de
conseguir recursos federais.
A
Universidade Estadual do Ceará (Uece) divulgou, na última segunda-feira, que
50% das suas vagas serão destinadas ao Sisu no ano que vem. “Provavelmente a
Uva vai aderir à metade das vagas também, mas ainda estamos discutindo”,
afirmou o professor de Filosofia e presidente da Comissão de Análise de adesão
ao Sisu da Uva, Antônio Glaudenir Brasil. Conforme ele, a decisão terá por base
também a questão social, através da aplicação da Lei de Cotas, e de
financiamento público. “A assistência a uma política estudantil é um dos
fatores fundamentais para adesão”, frisou.
A
previsão é de que, até junho, a Comissão possa apresentar dados aos setores
administrativos da universidade e aos novos reitores, empossados ontem. Os
debates a serem realizados durante seminário e um relatório feito a partir de
pesquisa sobre o perfil dos estudantes da Uva subsidiarão a formulação dos
dados. “Fizemos um convite à Secretaria da Educação Superior do Ministério da
Educação (MEC) e à Universidade Estadual do Piauí (Uespi) para participarem do
seminário. Queremos discutir com a comunidade acadêmica”, explicou Glaudenir.
A universidade Regional do Cariri (URCA) com cerca de 1.250 vagas a ser ofertadas no vestibular 2015.1 também estudará a possibilidade de adesão ao Sisu, entretanto, de acordo com a
reitora Antônia Otomite Cortez, se aprovada, a mudança valerá apenas para o
segundo semestre. “Estamos muito em cima do primeiro vestibular. A comissão que
fará essa análise ainda não começou a executar os estudos sobre os impactos”,
afirmou.
Três
fatores foram destacados pela reitora: a manutenção da entrada de alunos da
região do Cariri, a migração entre diferentes instituições do País, que pode
retardar a ocupação de vagas na universidade; e o pagamento de vestibulares à
instituição. “A questão financeira nem é tanto impedimento, mas temos de
considerar que, hoje, os vestibulares são uma fonte de recursos para a
universidade”, afirmou.
Apesar
dos detalhamentos que ainda serão revistos, a reitora afirmou que a adesão ao
Sisu pelas universidades estaduais “é coisa certa”. “É uma mudança que está
dando certo, onde os problemas são infinitamente menores do que os benefícios”,
ressaltou. A iniciativa da Uece, para Antônia Otomite, tem um peso
significativo sobre as outras instituições cearenses. “Nos últimos anos temos
trabalhado muito em alinhamento entre todas as universidades”, frisou.
Com
informações O Povo Online
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