Após
sucessivos “nãos” sobre uma possível candidatura em 2014, o ex-senador Tasso
Jereissati (PSDB) mudou o discurso e pela primeira vez desde 2010,
admitiu que poderia disputar mais uma vez uma vaga no Senado.
A hipótese foi
considerada sob a pressão de presidentes de diretórios do PSDB, durante reunião ontem (22/04) em Brasília. Segundo
lideranças presentes, Tasso disse: “Se for imprescindível minha candidatura, a
gente volta a conversar”.
Para a cúpula do partido, o retorno do cearense às urnas
é considerado imprescindível para a campanha do senador tucano Aécio Neves à
Presidência da República.
Durante
a reunião, Tasso, que vinha se mostrando irredutível na decisão de não
concorrer, negou que esteja omisso à responsabilidade de fortalecer o palanque
de Aécio no Ceará e disse que se sente “corresponsável” pelo projeto nacional
da sigla. Segundo o deputado federal Raimundo Gomes de Matos (PSDB), que
participou do encontro, o tucano-mor do Estado também ressaltou a necessidade
de uma boa composição partidária e disse que fará “as articulações necessárias”
para isso.
A
guinada no discurso de Tasso é um ingrediente novo no panorama pré-eleitoral.
Apesar dos índices de rejeição em torno de seu nome, a oposição aposta que a
participação do tucano torna a disputa mais competitiva e “fortalece a chapa à
qual ele se alie”, afirmou o deputado estadual Heitor Férrer (PDT), um dos
principais críticos do governo Cid Gomes (Pros) na Assembleia.
Consequentemente,
a situação tornaria menos confortável o plano de Cid de emplacar os candidatos
de sua aliança – principalmente, na vaga do Senado, pleiteada internamente pelo
deputado federal José Guimarães (PT) e o senador Inácio Arruda (PCdoB). “O
Tasso entrando no jogo, muda. É sempre um candidato forte”, avaliou o
presidente estadual do PPS, Alexandre Pereira – que está ao lado do Pros em
2014.
A
situação também atiçaria os planos do senador e pré-candidato ao Governo
Eunício Oliveira (PMDB), cuja aliança com Cid está à beira do rompimento. Ao jornal O
POVO, o peemedebista foi cauteloso ao avaliar as declarações de Tasso. “Quanto
mais opções a população tiver, melhor para o debate político”, afirmou. Ele
voltou a dizer que irá procurar o PSDB e, questionado, lembrou a possibilidade
legal de os dois partidos estarem juntos mesmo com candidatos a presidente
diferentes – Eunício pedirá votos para Dilma Rousseff (PT), não para Aécio.
Com
informações O Povo Online
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