Com a decisão, começa maratona para construção da candidatura governista (Foto: Fabio Lima) |
Depois
de 11 dias de dúvidas e tentativas frustradas de acordo, o governador Cid Gomes
(Pros) anunciou ontem, pelo Facebook, que não irá renunciar e que cumprirá o
mandato até o fim. A decisão impacta no cenário pré-eleitoral do Ceará, que se
viu estremecido após Cid ter lançado opção de deixar o cargo para que seu
irmão, Ciro Gomes, pudesse concorrer ao Senado. Com o “fico”, Cid deixa claro o
fator que mais pesou em seu ato e sinaliza para aquele que será seu principal
objetivo a partir de agora: eleger um sucessor de sua total confiança.
“Concluir
a obra que iniciei, aperfeiçoar as políticas públicas sob minha
responsabilidade e, fundamentalmente, entregar o estado do Ceará em boas mãos,
me parece ser o meu dever”, justificou Cid, no texto publicado no Facebook.
A
partir de agora, têm início as movimentações para escolha de quem será o
candidato apoiado por Cid nessas eleições. O prazo oficial é 30 de junho, mas
alguns elementos pressionam por decisões prévias. O PMDB lançou o dia 30 de
abril como data-limite para homologação da candidatura do senador Eunício
Oliveira ao Governo. “O partido quer chegar lá com a chapa definida, se
possível”, avisou o peemedebista, que aguardará chamado de Cid para nova
conversa sobre o pleito.
Nos
bastidores, avalia-se que a permanência do governador no cargo enterrou ainda
mais as chances de Eunício vir a ser o escolhido pelo grupo governista. Com a
decisão de Ciro de não disputar o Senado, a premissa inicial de que o Pros
indicaria um nome para a vaga de governador volta a ganhar força.
O
peemedebista foi econômico ao avaliar a postura de Cid, e afirmou apenas que
“renúncia é ato unilateral de vontade. A avaliação é própria, individual, então
não cabe nenhum tipo de comentário. (...) Assim como a do governador é
unilateral, a do PMDB também é. A posição do PMDB é definida, irreversível”,
lembrou.
Descartada
a renúncia, os partidos que pleiteiam a vaga do Senado na chapa governista
respiram menos preocupados. “A tese do PT se consolida. Essa decisão mostra que
a tese está no caminho certo. A decisão manteve a ordem das coisas que já vinha
estabelecida”, avaliou o deputado federal José Guimarães, pré-candidato do PT
ao Senado.
Com
informações O Povo Online
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