Cid, Domingos Filho, Clodoveu Arruda e Eunício em Tauá (Foto: Carlos Mazza) |
O
governador Cid Gomes (Pros) deu novo sinal de que, após oito anos de aliança,
ele e Eunício Oliveira (PMDB) deverão seguir caminhos diferentes na eleição
deste ano. No último sábado, a quatro dias do prazo em que se esperava uma
posição do governador sobre a candidatura do PMDB, Cid disse que “não deve
nada” ao senador. “Nem o Eunício me deve, nem eu devo nada a ele, nessa ordem”,
disse, em entrevista exclusiva ao jornal O POVO.
A
fala de Cid ocorreu durante festejos de Jesus, Maria e José em Tauá, berço
político do vice-governador Domingos Filho (Pros). Segundo o governador, ele e
Eunício estariam “quites” após apoios mútuos ao longo das últimas eleições. Cid
reforçou ainda que chapas serão definidas apenas em junho, após conversas na
base.
“Política
não é questão de gratidão, é um conjunto de coisas. Quando o Eunício não quis
ser candidato ao Senado em 2006, eu me comprometi em apoiar ele na próxima
eleição, e honrei o compromisso. Em 2012, o PMDB indicou o vice da nossa chapa
(à Prefeitura de Fortaleza). E mais: já depois de a chapa ser acertada, prometi
que o presidente da Câmara seria do PMDB, e cumpri. Nessa relação ninguém deve
a ninguém”.
Durante
a toda a festa de recepção aos - ainda - aliados, na casa de Domingos, o
governador se manteve próximo a seu vice - sobrando elogios a ele. Já Eunício
permaneceu visivelmente deslocado, com poucos sorrisos ou conversas. Apesar do
clima frio, Cid destacou que relação com o senador é “boa”.
Além
do peemedebista e Domingos Filho, diversos pré-candidatos ao governo
participaram do evento, entre eles Zezinho Albuquerque (Pros) e Leônidas
Cristino (Pros).
O
prefeito de Sobral Veveu Arruda (PT) também estava presente, mas sem sua
esposa, a pré-candidata Izolda Cela (Pros). Pré-candidato de oposição, Roberto
Pessoa (PR) também estava em Tauá, mas não compareceu à festa na casa do
vice-governador.
Ainda
sobre a relação com Eunício, Cid negou ter recebido prazo do senador para se
manifestar sobre possível candidatura do PMDB no Estado. “O Eunício não me deu
prazo. Nem eu aceitaria prazo de ninguém. O que tivemos foi uma conversa
franca, onde ele disse que era interesse do PMDB ter candidatura do partido no
Ceará neste ano”, diz.
Em
entrevista ao programa Jogo Político, na TV O POVO, em fevereiro, Eunício
afirmou que daria até o fim de abril para que Cid decidisse se o apoiaria ou
não. “O PMDB estipulou esse prazo. É uma data nossa. Não sendo possível
entendimento entre a aliança, cada um vai cuidar do seu rumo”. Essa posição
teria sido informada a Cid, em reunião no fim de março.
No
sábado, porém, Eunício afirmou que nunca houve “cobrança” da parte dele por
resposta do governador. “A posição do PMDB é pública, todos sabem qual é. Não
seria correto da minha parte exigir resposta, sabendo que o governador possui
gente do partido dele interessada em disputar”.
Com
informações O Povo Online
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