Tentando
reverter crise na base aliada, o PT pode abrir mão de lançar candidatos em até
seis Estados para apoiar nomes do PMDB. A informação foi confirmada ontem pelo
presidente interino peemedebista, senador Valdir Raupp (RO), que já admite como
“garantida” aliança entre os dois partidos em nível nacional.
O caso do Ceará, uma
das peças centrais da crise, permanece indefinido pelo menos até quinta-feira,
quando cúpulas das legendas se reúnem para tratar de palanques regionais.
A
fala ocorreu após reuniões entre a presidente Dilma Rousseff (PT) e lideranças
peemedebistas durante todo o dia de ontem. Segundo Raupp, estariam na lista de
renúncias do PT o Maranhão, Goiás, Alagoas, Paraíba, Tocantins e Rondônia.
Sobre Rio de Janeiro e Ceará, dois dos principais focos de discordância, Raupp
afirmou que é avaliada a criação de “procedimentos” para que não ocorram
enfrentamentos diretos entre as legendas.
Na
noite de ontem, o vice-presidente Michel Temer (PMDB) também avaliou como
“garantida” aliança entre petistas e peemedebistas. Com a afinação entre
cúpulas mesmo sem o Ceará na lista de concessões, fica ainda menor a
probabilidade de que Eunício Oliveira (PMDB) conte com apoio petista na eleição
do Ceará. O caminho indicado, pelo menos até agora, é de que o PT mantenha
apoio ao candidato de Cid Gomes (Pros) no Estado.
Em
entrevista ao Jornal O POVO na noite de ontem, no entanto, Eunício afirmou que a
questão cearense “ainda é negociada” e insistiu que ainda não há nada decidido
sobre o assunto. “Não está nada certo, ainda estamos negociando. Não tem como o
Ceará não entrar no centro dessa discussão. É um Estado delicado, porque não se
tem como o PT ficar contra um nem contra outro”, disse.
Tentando
avaliar pelo menos uma espécie de pacto de “não agressão” entre partidos nos
Estados mais problemáticos, líderes do PMDB se reunirão com o ministro Aloizio
Mercadante e o presidente do PT, Rui Falcão, na quinta-feira. Além do Ceará,
outro ponto de discordâncias entre os partidos é o Rio de Janeiro, onde o PT
tenta emplacar Lindbergh Farias ao Estado - contrariando o PMDB.
Apesar
de dar o braço a torcer nos Estados, a presidente manteve decisão de não
indicar para seus ministérios nomes apontados pela bancada do PMDB na Câmara. A
ideia da petista é nomear senadores peemedebistas para vagas da cota dos
deputados, em estratégia para isolar o líder do partido, Eduardo Cunha (RJ), na
Câmara.
Nas
últimas semanas, Cunha e parte da bancada do PMDB têm se rebelado e ameaçado
criar dificuldades para o governo em votações do Legislativo. Entre as ameaças,
está a possibilidade da aprovação da convocação de ministros.
Com
informações O Povo Online
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