O
vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), disse ontem que, apesar das
críticas de alguns peemedebistas ao governo, a maioria do partido deseja
“manter o casamento” com o PT e a presidente Dilma Rousseff.
Segundo
ele, o diálogo é a chave para amenizar a rebelião entre deputados e senadores
da sigla e o Planalto. A declaração ocorreu na manhã de ontem, durante
solenidade em homenagem aos 172 anos de emancipação política de sua cidade
natal, Tietê (143 km de São Paulo).
Temer
afirmou que a mensagem de manutenção da união seria levada ontem para Dilma, na
reunião para tratar da crise com o partido, como forma de preservar a aliança
com o PT.
O
encontro ocorreu no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da
República, e durou cerca de duas horas. Após o encontro, Michel Temer deixou o
Alvorada sem falar com a imprensa e se dirigiu para o Palácio do Jaburu, onde
se reuniu com membros do PMDB.
Segundo
o senador Eunício Oliveira (PMDB), que esteve ontem com o vice-presidente da
República, uma nova reunião será realizada hoje com Dilma Rousseff. A
presidente voltou da Bahia para participar do encontro com peemedebistas no
Alvorada. Antes de se reunir com a petista, Temer se encontrou no Palácio do
Jaburu com os correligionários Renan Calheiros, Valdir Raup e o próprio Eunício
Oliveira, que procura viabilizar sua candidatura ao Governo do Ceará e enfrenta
resistências do Planalto.
Temer
disse que somente uma decisão coletiva pode provocar uma mudança significativa
no partido. “Não
é A nem B ou C, nem sou eu quem vai dizer se o partido vai para um lado ou para
o outro. É a convenção nacional que decide para onde vai o PMDB.”
Um
dos focos da crise entre PT e PMDB é no Ceará, onde a sigla da presidente Dilma
é pressionada a apoiar o nome do senador Eunício Oliveira ao governo, quando há
um compromisso com o governador Cid Gomes, do Pros, de apoiar quem ele indicar.
Dificilmente, no caso, o peemedebista.
Os
últimos dias foram de troca de farpas entre lideres dos dois partidos durante o
feriado de Carnaval. No mesmo período, aumento muita a pressão no PMDB para que
seja antecipada a convenção partidária ainda para o mês de março, decidindo
sobre o futuro da sigla nas eleições de outubro, além da possibilidade muito
maior, hoje, de o Planalto enfrentar derrotas em votações no Congresso.
Com
informações O Povo Online
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