A
perspectiva de o Pros abrir mão de candidatura ao Governo do Estado animou
ontem setores tanto do PT como do PMDB no Estado. Apesar de assunto pouco
comentado no plenário da Assembleia Legislativa, a possibilidade de um partido
aliado indicar nome à sucessão de Cid Gomes (Pros) alimentou as conversas de
bastidores da Casa.
Conforme o Jornal O POVO mostrou ontem, o governador defende que, caso se confirme indicação de
Ciro Gomes (Pros) ao Senado, a vaga da chapa majoritária ao Governo ficará a
critério dos aliados.
Para segmentos do PMDB próximos do senador Eunício
Oliveira, essa tese segue exatamente o que o partido vem defendendo - maior
participação de outras legendas da aliança no processo eleitoral deste ano.
“Isso
é tudo que a gente tinha pregado desde o início. (...) A decisão de colocar em
discussão com os partidos aliados é importante, pois dá plenitude para que quem
apoia ele também seja apoiado. Porque se eu sirvo para te apoiar, é bom que eu
sirva para ser apoiado também, senão não tem sentido”, disse o deputado
estadual Danniel Oliveira (PMDB), sobrinho de Eunício Oliveira.
Na bancada petista presente ontem na
Assembleia, apenas Dedé Teixeira defendeu que membros da legenda priorizem o
Senado na eleição deste ano. Além dele, estavam na sessão os deputados Antônio
Carlos, Rachel Marques e Francisco Pinheiro.
“Nós
certamente temos nomes de destaque, como o Camilo Santana (deputado), que pode,
em uma discussão de aliança, vir a ser sim nosso candidato ao governo. Isso
será colocado como possibilidade no nosso encontro de tática neste sábado”,
disse a líder do PT na Assembleia, Rachel Marques. É a primeira vez que a
petista considera abertamente a tese de candidatura própria do partido.
Já
Francisco Pinheiro defendeu que o partido avance no sentido de indicar nome ao
governo. Ele frisa, no entanto, que, diferentemente do que prega Luizianne
Lins, apoia que indicação petista seja abençoada por Cid Gomes (Pros), mantendo
a aliança com o governador no Estado.
Na
tarde de ontem, o portal de Internet Ig noticiou como fechada chapa no Estado,
com Eunício na vaga de governador e Ciro Gomes ao Senado. A informação, no
entanto, foi descartada pelo próprio Cid Gomes: “Não existe qualquer
definição”, disse na tarde de ontem, durante inauguração de lote do programa
Minha Casa Minha Vida no bairro Granja Lisboa, em Fortaleza.
Em
entrevista ao jornal O POVO, Cid afirmou ainda que não disputará eleição neste ano.
Ele mantém tese de que, encerrado mandato, irá trabalhar no Banco
Interamericano de Desenvolvimento. “A possibilidade de eu ser candidato é uma
possibilidade descartada completamente”.
Na
manhã de ontem, a bancada do Pros na Assembleia permaneceu vazia durante toda a
sessão. Procurados pelo O POVO, deputados do partido não atenderam telefonemas
ou preferiram não se manifestar. Na última terça-feira, o presidente da Casa,
Zezinho Albuquerque, evitou falar do assunto, mas disse que acredita que Cid
não renunciará ao mandato
Com
informações O Povo Online
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