Em
meio à pressão contra os gastos com festas em plena crise de recursos e de
seca, pelo menos 25 prefeituras resolveram cancelar as licitações do Carnaval e
disseram que não irão mais gastar com o feriado. Um
dos últimos a anunciarem a medida foi o prefeito de Maracanaú, que desistiu
também do chamado “Carnaval das Cinzas”, que ocorreria de 6 a 8 de março.
Também
anunciaram cancelamento das licitações os prefeitos de Aquiraz, Aurora, Barro, Caucaia,
Crato, Farias Brito, Groaíras, Hidrolândia, Icapuí, Itapajé, Juazeiro do Norte,
Jaguaretama, Morada Nova, Itatira, Maranguape, Milhã, Umirim, Quixadá, Santa
Quitéria, Senador Pompeu, Solonópole, Tamboril,
Penaforte e Piquet Carneiro.
A
decisão de suspender os gastos oficiais com o Carnaval surgiu ou por iniciativa
própria ou por recomendação do presidente do Tribunal de Contas dos Municípios e do Ministério
Público, além de casos em que foi preciso determinação judicial para o
cancelamento.
Na
última segunda-feira, o TCM havia solicitado de alguns municípios estudos e
informações detalhadas sobre a viabilidade econômico-financeira para a
realização do Carnaval. De acordo com balanço divulgado na manhã de ontem pela
Corte, 44 cidades fiscalizadas vão manter a realização dos festejos, que,
juntos, somam R$ 23,3 milhões.
Para
todas essas cidades, o Tribunal instaurou processos que ainda poderão gerar
Tomadas de Contas Especiais, uma apuração mais aprofundada sobre a origem e o
destino das despesas.
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