A
bancada feminina na Câmara dos Deputados articula, junto ao procurador-geral da
República, Rodrigo Janot, uma maior fiscalização do cumprimento da cota
eleitoral no pleito deste ano.
A legislação brasileira prevê que partidos
políticos e coligações devem cumprir cota mínima de 30% de mulheres nas
candidaturas lançadas.
Para
Janot, houve avanço no cumprimento da lei já nas eleições de 2012. “Conseguimos
o que, no jargão popular, chamamos de ‘derrubar as chapas’ que não tivessem a
observância dessa proporcionalidade”, disse. “Em 2014, seguiremos nessa mesma
toada”, completou o procurador.
A
deputada federal Jô Moraes (PCdoB-MG) elogiou o compromisso por parte da
procuradoria-geral em manter a fiscalização do cumprimento da lei, mas criticou
a estratégia adotada por alguns partidos de utilizar o que chamou de
candidatura-laranja. “Não achamos que cota, pura e simplesmente, resolve. Cota
é apenas a demonstração da sociedade de que é preciso colocar as mulheres nos
espaços do poder. Os partidos políticos não preparam as mulheres para
participar da política e para serem eleitas. Quando chega na hora da eleição,
para cumprir a legislação, põem no registro das chapas nomes femininos. O que
temos sentido com muita força é que às vezes eles transformam esses nomes
femininos em cabos eleitorais”, criticou.
A
deputada federal Erika Kokay (PT-DF) lembra que, mesmo diante de avanços, o
Brasil registra baixos índices de mulheres no poder. “Temos uma participação de
mulheres no parlamento menor que a de alguns países onde as mulheres usam
burcas”, lamentou.
Com
informações O Povo Online
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