O
jovem nordestino está mais preocupado com os perigos da superexposição na
internet que a média dos seus contemporâneos brasileiros. Esta é uma das
principais conclusões da pesquisa Hábitos de Navegação na Internet, cujos
números sobre o Nordeste O jornal O POVO publica na edição de hoje (09/02).
Para
o levantamento foram entrevistadas 2.834 pessoas, com idade entre 9 e 29 anos,
sendo 52% do gênero masculino e 48% do gênero feminino. O objetivo do estudo,
realizado pela Safer Net Brasil com apoio da GVT, é levantar o comportamento do
jovem internauta brasileiro e aborda temas como pedofilia, ciberbullying,
medição parental, privacidade etc.
Entre
os entrevistados nordestinos (aproximadamente 850 pessoas), 73% disseram que se
preocupam com a disponibilização de informações nas redes sociais e, por conta
disso, costumam modificar suas configurações de privacidade. Em nível nacional,
este índice é de 68%. (veja gráfico ao lado).
A
frequência de navegação na internet também é mais intensa no Nordeste que a
média nacional. Enquanto 77% dos nordestinos afirmaram se conectar à web todos
os dias e 17% entre duas e três vezes na semana, apenas 62% da média brasileira
afirmaram usar a internet diariamente (já os que fazem até três vezes por
semana representam 21%).
Outra
das conclusões da pesquisa é que o envio e o recebimento de “sexting” têm
níveis menores entre os nordestinos. De acordo com os organizadores, sexting é
“quando se tira e envia fotos sensuais (nu ou seminu)”. No estudo nacional, 6%
dos entrevistados revelaram já o terem enviado e 20% admitiram já terem
recebido.
No
recorte nordestino, 12% reconheceram já ter recebido fotos de colegas amigos
sem roupa ou exibindo partes íntimas do corpo. E apenas 2% disseram já ter
enviado este tipo de material.
“O
jovem está mais seletivo no uso das redes sociais, se sente até mais à vontade
em não adicionar estranhos”, analisa Tatiana Wheinheber, Gerente de Comunicação
da GVT, e uma das organizadoras do estudo, em entrevista ao O POVO, por
telefone. “Passamos da fase do deslumbramento, de ter um milhão de amigos. As
redes trouxeram essa possibilidade de ser popular, de ser mais admirado. Talvez
por isso, num primeiro momento, houve um comportamento inconsequente”.
A
pesquisadora credita esta mudança de comportamento às muitas experiências de
constrangimento a que internautas mais afoitos têm se submetido.
“Faz
parte de uma curva de aprendizado. Tudo que é novo, a gente leva um tempo para
aprender a usar. O uso mais intenso da internet gerou uma série de situações
constrangedoras, o jovem usuário aprendeu na pele, ou por ter sofrido ou por
ter amigo que sofreu. Ele viu de perto a consequência, por isso tem se tornado
mais criterioso no uso da tecnologia. O jovem está mais maduro no uso da
internet” conclui a pesquisadora.
Com
informações O Povo Online
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