Lançar
um candidato próprio, manter a aliança com os Ferreira Gomes, apoiar o senador
Eunício Oliveira (PMDB) rumo ao governo ou se dividir em mais de um palanque? O
Partido dos Trabalhadores (PT) tenta equilibrar pesos para definir como estará
alinhado com as disputas eleitorais no Estado em 2014.
A visita ao Ceará do
presidente do PT Nacional, Rui Falcão, ontem, aconteceu em um momento
importante de definições locais e nacionais.
Quando
o assunto é a reeleição de Dilma, o grupo fala em uníssono. No entanto, quando
se trata da posição do PT nas eleições desse ano, os petistas terão de se
ajustar entre a influência da ex-prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins, e do
deputado federal José Guimarães.
A
ex-prefeita defende candidatura própria do PT ao Governo do Ceará, e aliança
apenas em caso de segundo turno. A justificativa dela é de que, simbolicamente,
ocupar o governo significaria mostrar que o partido possui posição e projeto
político. Já Guimarães prefere manter a aliança com Pros e PMDB e ter o PT
disputando uma vaga ao Senado. Ele destaca estratégia de fortalecer a bancada
petista do senado, elegendo quatro novos senadores no Nordeste.
Os
dois principais partidos que formam a aliança pró-governo, PMDB e Pros, não dão
sinais de convergência. Pelo contrário, enquanto o governador Cid Gomes (Pros)
adia a decisão sobre seu sucessor, Eunício já se apresenta como postulante ao
cargo.
Rui
Falcão afirma que o diretório do PT só terá uma decisão sobre o cenário após o
que eles chamam de “Encontro de Tática”, ainda sem data definida. “Se (o
diretório) optar por outro partido, acabou a candidatura própria. Se o PT
decidir pela candidatura própria, podemos ter até palanque triplo”, afirma Rui.
“O
principal elemento para se definir – em minha opinião – é nossa aliança com o
governador (Cid), que fez um gesto importante ao romper com o governador
Eduardo Campos”, destacou o presidente.
Entre
críticas à suposta existência de corrupção no governo Cid e afirmações de que
os irmãos Cid e Ciro Gomes “passarão a perna em Eunício”, Luizianne defendeu a
existência de três palanques para Dilma para evitar o desgaste de o PT ter de
decidir entre dois aliados nacionais. “Na eleição da Dilma, estaremos todos
apoiando; para o Ceará, é outra coisa”, diz a ex-prefeita.
“Continuo
defendendo a aliança. No que depender do PT, vamos trabalhar para termos um
palanque amplo, não é palanque duplo nem palanque triplo”, rebateu o deputado
José Guimarães, provável postulante ao Senado. “Como o presidente (Rui) falou as
grandes lideranças do PT são a Luizianne e eu. Nós vamos ter de nos acertar
internamente”, frisou Guimarães.
Com
informações O Povo Online
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