O
secretário de Saúde do Ceará, Ciro Gomes (Pros), assegurou ontem ao O POVO que
não será ministro do governo Dilma Rousseff. É a primeira vez que Ciro em
pessoa descarta a hipótese.
“Eu
não vou, não serei jamais ministro neste governo. Ponto final”, disse Ciro,
acrescentando que sua “missão” é a Secretaria da Saúde no governo do irmão Cid
Gomes (Pros), para a qual foi nomeado em setembro.
Nos
últimos dias, o presidente nacional do Pros, Eurípedes Júnior, e o líder do
partido na Câmara dos Deputados, Givaldo Carimbão (ASL), têm dito à imprensa
que Ciro seria indicado para assumir a pasta que fosse oferecida à legenda na
reforma ministerial que Dilma deverá concluir até fevereiro.
Carimbão
participou de reunião em Brasília com dirigentes do PMDB e do PP, na última
quinta, para discutir ocupação de ministérios. Segundo ele, “há sinais” de que
a Integração ficará com o Pros, partido criado em outubro e cujas maiores
expressões nacionais são os irmãos Gomes.
“Como
as coisas estão afunilando e a presidente disse que até o dia 29 ou 30 quer
efetivar essa conversa, acho que a tendência natural é (que seja indicado) o
companheiro Ciro Gomes”, disse Carimbão depois da reunião.
Ciro
já foi ministro da Integração, no primeiro governo Lula (2003-06). Foi na sua
gestão que a transposição do rio São Francisco começou a ser tocada.
O
ocupante do posto hoje é o cearense Francisco Teixeira, que era secretário de
Infraestrutura Hídrica da pasta (indicação do governador Cid Gomes).
Teixeira
assumiu interinamente em outubro, depois que Francisco Bezerra (PSB) deixou o
cargo seguindo a decisão do PSB de sair do governo Dilma em prol da candidatura
presidencial de Eduardo Campos, dirigente nacional da legenda socialista.
Teixeira
tem relação antiga com os Gomes. Foi secretário adjunto de Recursos Hídricos de
Ciro no ministério. Também fez parte dos governos de Tasso Jereissati (PSDB),
como superintendente de Obras Hidráulicas do Ceará e diretor técnico da
Secretaria de Recursos Hídricos do Estado.
A
Integração Nacional vinha sendo cobiçada pelo PMDB, que tenta acrescentar um
ministério aos cinco que já tem: Minas e Energia, Turismo, Previdência,
Agricultura e Secretaria da Aviação Civil.
Mas
Dilma Rousseff pôs obstáculo ao desejo expansionista do colega de governo PMDB,
argumentando que precisa distribuir cargos entre outros aliados, como o novato
Pros, o PTB e o PSD.
Com
informações O Povo Online
Nenhum comentário:
Postar um comentário
A Administração do Blog de Altaneira recomenda:
Leia a postagem antes de comentar;
É livre a manifestação do pensamento desde que não abuse ou desvirtuem os objetivos do Blog.