Das
6.378 vagas ofertadas pela Universidade Federal do Ceará (UFC), 5.762 - ou
90,3% - ficaram, na primeira chamada do Sistema de Seleção Unificada (Sisu)
2014, com candidatos que declararam morar no Ceará. Na edição 2013, percentual
havia sido de 82,3%.
Esse
aumento, de acordo com o coordenador do Sisu na UFC, professor Miguel Franklin,
deve-se ao maior número de vagas destinadas às cotas. Nesta edição, a
instituição está aplicando 50% das chances aos estudantes que cursaram todo o
ensino médio na rede pública, de acordo com a lei federal nº 12.711/2012. No
ano passado, as cotas foram de 12,5%, percentual mínimo exigido.
“Há
até pouco tempo, os estudantes cearenses de escola pública, que são maioria,
não viam oportunidade de ingresso no ensino superior. O Enem (Exame Nacional do
Ensino Médio) serve como uma porta sem sair da sua cidade”, avalia. Miguel
Franklin lembra que a procura do cearense pelo Enem é crescente. “Tivemos
notável aumento de 40% no número de inscrições de 2012 para 2013”, afirma. Em
2013, o exame foi realizado em 84 municípios do Estado.
O
coordenador do Sisu na UFC estima que o percentual de 10% de aprovados de
outros estados deve diminuir na matrícula. “O Brasil não tem uma cultura de
mobilidade estudantil arraigada ainda. O Sisu é uma semente dessa cultura.”
Dos
100 cursos ofertados pela UFC no Sisu 2014, 14 tiveram a totalidade de seus
aprovados entre os residentes do Ceará. Em 2013, isso havia acontecido apenas
no curso noturno de licenciatura em Ciências Sociais. Além disso, nenhum curso
teve mais aprovações de estudantes de outros estados do que de residentes no
Ceará. Dos candidatos à ampla concorrência, 90,8% residem no Ceará, enquanto o
percentual entre os cotistas varia de 84,7% a 90,6%, de acordo com a faixa de
cota.
A
Universidade Federal do Cariri (UFCA), criada em junho de 2013 e tutelada pela
federal do Ceará, detém 720 vagas do total da oferta da UFC. Na instituição, os
cursos com mais moradores do Ceará são Administração (noturno) e
Biblioteconomia, ambos com 98%. A menor presença é em Medicina (51,3%).
A
estudante Letícia Fernandes, de 16 anos, obteve 738,7 pontos no Enem, índice
suficiente para ser aprovada, na primeira tentativa, no curso de Engenharia
Química da UFC. Sobre a concorrência com estudantes de todo o País, Letícia
conta que se preocupou mais com o menor número de vagas para ampla
concorrência. “Antes da prova batia a preocupação, porque tem muita gente boa
concorrendo”, recorda-se.
Com
informações O Povo Online
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