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2 de janeiro de 2014

Festa na Praia de Iracema foi marcada pela paz e pelo forró

Virada não teve ocorrências graves de violência e a tão prometida vaia coletiva ao prefeito acabou não se efetivando foto Deivyson Teixeira
A molecagem das coleguinhas Simone e Simária empolgou, o carisma de Paula Fernandes encantou e os clássicos de Os Paralamas do Sucesso garantiram a nostalgia da última noite de 2013, mas foi o forró descontraído de Wesley Safadão e da banda Garota Safada que deixou em polvorosa quem escolheu o Aterro da Praia de Iracema, em Fortaleza, para ver nascer 2014. 

Atração mais esperada da noite, ele sacudiu cerca de um milhão de pessoas embaladas pelo forró, sertanejo e MPB dos antecessores e que não desanimaram nem com a falha na execução do show piromusical no momento da virada. Um minuto dos 16 minutos de queima das 17 toneladas de fogos de artifício não contou com acompanhamento sonoro por problemas no maquinário.

O público era majoritariamente jovem e teve certa dificuldade para chegar ao aterro. Muito carro na rua e pouca paciência ao volante, num fluxo orientado por 146 agentes de trânsito da Prefeitura. A dispersão, porém, aconteceu de forma mais tranquila. Muita gente deixou a praia logo após a queima de fogos, ainda no comecinho da apresentação de Wesley. “Gosto do Safadão, mas prefiro ir embora cedo pra evitar muvuca”, justificou a universitária Marta Rosário.

Segundo a Polícia Militar, até logo depois da virada, quando a noite de Réveillon historicamente registra o pico de público, nenhuma ocorrência alarmante havia sido registrada no Aterro e terminais de ônibus. Novecentos e seis PMs foram escalados para atuarem na festa e nos pontos de integração. Nas seis horas em que permaneceu na praia, O POVO constatou o policiamento ostensivo e não evidenciou nenhum caso de violência.

Os dois postos médicos avançados montados ao lado do palco também não registraram ocorrências graves. “Tá tudo bem organizado. Você vê que tem de família inteira aqui. Tá tranquilo. Se tem menos ou mais gente que nos outros anos eu não sei. Só sei que tô gostando um bocado”, disse o comerciante Antônio Paulo, 48.

Desse Réveillon, ele e a família também vão guardar na memória a lembrança de outras luzes. Coisas da modernidade. E vão lembrar de um grito coletivo. “Era tanto do celular filmando, que a gente não sabia pra onde olhar: Se pro céu ou pra terra. Pareceu o dia em que o papa (Francisco) apareceu pela primeira vez. Ah...mas o “Feliz 2014” que todo mundo gritou quando o homem (cerimonialista) pediu deu um arrepio, num foi?”, recordou a cozinheira Maria Rita, 45, esposa de seu Antônio.

Sem vaias

Presentes à festa com suas esposas e filhos, o prefeito Roberto Cláudio e o governador Cid Gomes não subiram ao palco para a tradicional saudação ao público nem participaram da contagem regressiva. Os nomes deles sequer foram citados pelo cerimonial do evento.A vaia coletiva programada em redes sociais para Roberto Cláudio durante a virada também não aconteceu.

Segurança

Pontos elevados de observação e quase mil PMs garantiram a segurança das quase um milhão de pessoas no Aterro e terminais de ônibus. Segundo a Polícia, nenhuma ocorrência alarmante foi registrada .

Saúde

De acordo com a Prefeitura, nenhuma ocorrência grave foi notificada nos dois postos avançados.

Banheiros

Apesar da multidão, as filas nos banheiros químicos não eram grandes. Os equipamentos foram disponibilizados em toda a extensão do aterro, mas faltaram banheiros em outros pontos da orla.

Volta

Como muita gente começou a deixar o aterro logo após a queima dos fogos, a dispersão do público foi considerada tranquila pela AMC. Segundo a Prefeitura, 146 agentes de trânsito orientaram os motoristas.

Com informações O Povo Online

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