A
probabilidade do período chuvoso - entre os meses de fevereiro a abril de 2014
- ter precipitações abaixo da média histórica é de 40%. O prognóstico oficial
foi divulgado na noite de ontem pela Fundação Cearense de Meteorologia e
Recursos Hídricos (Funceme).
A previsão é feita após análises dos campos atmosféricos e oceânicos de grande escala e baseada em modelos numéricos de outras instituições.
A previsão é feita após análises dos campos atmosféricos e oceânicos de grande escala e baseada em modelos numéricos de outras instituições.
Na
categoria considerada média, a probabilidade é de 35%. Já quando consideramos
as chances de ter um trimestre com chuvas acima da média, o percentual cai para
apenas 25%. Na realização das previsões, a Funceme analisa os índices isolados
e não considera a soma entre diferentes categorias.
“Persiste
uma neutralidade nas temperaturas do Pacífico e no Atlântico Equatorial há uma
tendência de configuração desfavorável as chuvas. Além disso, os modelos
atmosféricos globais de várias instituições também apontam para a maior
probabilidade de chuvas abaixo da média no Ceará até abril”, diz o presidente
da Funceme, Eduardo Sávio Martins.
Meteorologistas
do órgão ainda lembraram das possibilidades de existir variações nos índices
pluviométricos entre as diferentes regiões do Ceará. Meiry Sakamoto, gerente do
Núcleo de Meteorologia da Funceme, diz que a faixa sul do Estado tem tendência
para a categoria de precipitações abaixo da média. “Existe muita probabilidade
de chuvas abaixo da média no Sertão Central, na faixa sul do Estado e na região
dos Inhamuns”, diz.
O
alerta para a probabilidade de seca vem após dois anos seguidos de estiagem
intensa no Ceará. O prognóstico divulgado ontem se assemelha ao previsto para a
quadra chuvosa de 2013 - quando os índices eram de 45% (abaixo da média); 35%
(normal) e 20% (acima). Segundo Eduardo Sávio, a diferença de 5% entre os
números não é considerada alta.
O
Ceará tem 112 açudes com volume inferior aos 30% e apenas um reservatório com
volume superior aos 90%. “Mesmo que o ano seja em torno da média, a recuperação
(do volume) não é fácil. Recuperar a carga desses reservatórios não é um
cenário provável. Pontualmente, pode acontecer”, diz o presidente da Funceme.
Mesmo
diante do prognóstico negativo para a ocorrência de chuvas, o presidente da
Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), Rennys Frota, diz que
Fortaleza não corre risco de desabastecimento “mesmo que não caia uma gota de
água”. “Toda a água de Fortaleza vem do Jaguaribe. Parte pelo Eixão e parte
pelo Canal do Trabalhador. Essas estruturas estão calibradas o suficiente para
que a Capital sustente essa condição, aconteça o cenário que acontecer, no ano
que virá”.
Com
informações O Povo Online
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