Novo texto foi apresentado pelo deputado Alessandro Molon (PT-RJ) - foto Claycer Tomaz |
Com
a manutenção dos pontos de maior impasse entre parlamentares em torno do texto
do Marco Civil da Internet, que define direitos e deveres de empresas
provedoras de internet e usuários, o novo texto da proposta foi apresentado
pelo deputado Alessandro Molon (PT-RJ), relator do projeto de lei na semana
passada. Ele disse que está otimista com a aprovação da proposta em plenário.
“Esse é o resultado da minha conversa com mais de 15 bancadas de partidos que
fizeram sugestões incorporadas ao texto. Essas sugestões não afetam ou
prejudicam em nada nenhum dos princípios do projeto, nem a neutralidade, nem a
privacidade, nem a liberdade de expressão”, explicou.
A
votação do projeto, no entanto, não deve ocorrer este ano, já que o recesso
parlamentar começa em 22 de dezembro e, mesmo com o otimismo de Molon, ainda
será preciso testar os impactos da nova redação, que sofreu mudanças tímidas. O
princípio da neutralidade é justamente o ponto de maior divergência. Motivados
pelos empresários que atuam no setor, alguns parlamentares não querem que a
ideia avance, temendo prejuízos para os provedores, sob a alegação de que a
neutralidade pode impedir a venda de pacotes de diferentes velocidades.
Desde
o início dos debates, Molon tentou esclarecer que a diferenciação de
velocidades não será comprometida. Ele acredita que, no atual relatório, a
questão ficou clara quando estabelece a liberdade dos modelos de negócios,
“desde que não conflitem com os demais princípios estabelecidos nesta lei”.
Molon
acredita que o texto tem condições de ser aprovado, bastando a vontade do
presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), de incluí-lo na pauta de
votações. Ainda assim, o relator admite que ainda terão “uma ou outra exceção”,
ou seja, parlamentares que vão continuar resistindo ao projeto.
A
nova redação também permite que as pessoas prejudicadas por conteúdos
publicados na internet recorram aos Juizados Especiais para ter uma resposta
mais rápida.
Com
informações O Povo Online
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