Tabela
para o cálculo do IR Pessoa Física para o exercício de 2014, ano-calendário de
2013
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Para
dimensionar o prejuízo dos assalariados com a falta de correção da tabela, Luiz
Antonio Benedito explicou que o contribuinte que, em 1996, ganhava nove
salários mínimos por mês era isento do Imposto de Renda. Agora, informou, quem
ganha dois salários mínimos é obrigado a declarar. A explicação é que, sem a
correção da tabela, várias pessoas que eram isentas por causa da renda baixa,
foram paulatinamente se tornando contribuintes. “Só para ter uma ideia, isso dá
algo próximo a 500% de defasagem”, disse.
Em
2014, a correção da tabela ficará em 4,5%, que é o centro da meta da inflação
estabelecida pelo governo, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo
(IPCA). No entanto, a projeção de analistas de instituições financeiras para o
IPCA está em 5,97%, segundo pesquisa do Banco Central (BC). Este ano, quando a
tabela também foi corrigida em 4,5%, o índice deve ficar em 5,72%, conforme a
mesma pesquisa.
A
tabela do IRPF já vinha sendo corrigida em 4,5% desde 2007, e a previsão era
acabar com o uso desse índice em 2010. No início de 2011, no entanto, por meio
da Medida Provisória 528, o governo resolveu aplicar o mesmo percentual até
2014.
O
secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto, já havia antecipado à
Agência Brasil que esse percentual continua valendo e que não existe previsão
de mudança. “A tabela já está corrigida para o próximo ano. Fica nos 4,5%, como
previsto.”
O
reajuste de 4,5% foi estabelecido porque é o centro da meta estabelecida pelo
governo para a inflação. Confirmado o índice da inflação em 2013, o Sindifisco
Nacional vem alertando que os contribuintes continuarão a pagar mais impostos,
principalmente os assalariados.
O
Sindifisco Nacional apoia uma campanha para mobilizar a população para a
necessidade de correção da tabela. A campanha Imposto Justo, lançada em maio,
pretende convencer os congressistas a reduzir as injustiças fiscais provocadas
pela não correção. Os interessados em participar devem preencher o formulário
disponível no site do Sindifisco Nacional, no endereço http://www.sindifisconacional.org.br/impostojusto.
Atualmente,
na Câmara dos Deputados, existem projetos para correção da tabela do Imposto de
Renda, mas, como o Congresso Nacional já entrou em recesso, qualquer mudança só
poderá ser aprovada em 2014 para valer no ano seguinte. Um dos projetos eleva a
isenção até o valor de R$ 1.877,16. Acima desse valor e até R$ 2.813,25, a
alíquota incidente seria 15%, com parcela a deduzir de R$ 140,78. A maior
alíquota teria como base de cálculo o valor de R$ 4.687, com parcela a deduzir
de R$ 867,46.
Para
o Sindifisco Nacional, a correção da tabela do IRPF deveria ser atrelada à
evolução de renda do trabalhador. Entraria no cálculo, por exemplo, o
rendimento médio mensal das pessoas com 10 anos de idade ou mais, obtido pela
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), por exemplo. Para a
entidade, a tabela do Imposto de Renda não deve ser atrelada a qualquer índice
inflacionário. Em contrapartida, os auditores fiscais defendem o fim da isenção
da cobrança de Impostos de Renda na distribuição de lucros e dividendos para
pessoas jurídicas.
Com
informações Agência Brasil
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