No 1° Seminário Estadual - Gestão e Eficiência em Iluminação Pública, que acontece hoje em Fortaleza, a Companhia Energética do Ceará (Coelce) tentará convencer os gestores e assessores municipais que a transferência dos ativos de iluminação pública para a responsabilidade dos
municípios cearenses pode reduzir a tarifa cobrada pelo serviço em até 10%, com a extinção do percentual correspondente ao que os municípios pagam à COELCE pela prestação do serviço, segundo Felipe Rodrigues, um dos
organizadores do evento que é apoiado pela Associação de
Prefeitos do Ceará (Aprece) e Citéluz.
Em
vigor desde setembro de 2010, a resolução da Agência Nacional de Energia
Elétrica (Aneel) obriga as prefeituras assumirem a gestão e a manutenção dos
serviços. Porém, no Ceará apenas 30 municípios fazem a gestão da sua
iluminação. A Aneel determinou que as cidades têm até 31 de janeiro para se
adequarem a resolução.
Entre
os benefícios que serão apresentados às prefeituras, a proposta de redução das
taxas cobradas é uma das principais de acordo com Felipe Rodrigues. “O serviço
de iluminação pública terá uma mudança significativa porque a gestão será local
e as prefeituras saberão qual área deve ter uma maior atenção. A Coelce não tem
função de cuidar de iluminação pública e sim, de distribuir. Com um
gerenciamento responsável das prefeituras, a tarifa sofrerá uma redução
significativa para a população”, destaca Rodrigues.
Cidades
como Fortaleza, Caucaia, Aquiraz, Pacatuba, Maracanaú e Juazeiro do Norte já
assinaram a transferência ou já assumiram seus sistemas de iluminação pública.
Em
resistência à mudança, boa parte das prefeituras alegam que não têm
conhecimentos técnicos e operacionais para ficarem responsáveis pelo
gerenciamento. A Aprece tenta adiar para 31 de dezembro de 2014 o prazo máximo
para as prefeituras assumirem os ativos de iluminação pública, segundo
Rodrigues.
“A
falta de conhecimento técnico e operacional são os principais motivos que levam
a rejeição dos municípios. É algo delicado e que não pode ser executado por
qualquer empresa”, enfatiza.
Sobre
o risco de haver uma perda no atendimento para cidades de pequeno porte, Felipe
destaca que existe bons exemplos de cidades que conseguiram gerenciar bem sua
iluminação mesmo sem grandes recursos.
Em
todo o Nordeste apenas os estados do Ceará e Pernambuco estão com dificuldades
de aceitar esse novo modelo, nos demais, a responsabilidade já é das cidades.
Com
informações O Povo Online
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