Gafes e afagos marcam passagem da presidente pelo Ceará

Presidente errou novamente o nome de Roberto Cláudio durante solenidade oficial - foto Edmar Soares

Além dos grandes investimentos anunciados, a visita da presidente Dilma Rousseff (PT) ao Ceará foi marcada também pelas gafes, que provocaram misto de comicidade e constrangimento. Pela segunda vez, ela fez confusão com o nome do prefeito Roberto Cláudio (Pros). O governador Cid Gomes (Pros) também deixou em saia justa o ex-ministro dos Portos, Leônidas Cristino. Por outro lado, afagos recíprocos deram tempero político à quarta passagem da presidente pelo Estado só neste ano.

Tudo corria bem até o momento em que Dilma resolveu citar novamente o nome do prefeito de Fortaleza, enquanto falava sobre a ordem de serviço para a construção de 86 creches na Capital. “Eu também não posso deixar de me referir a uma coisa que para mim, e eu tenho absoluta certeza de que também para o Governo do Ceará, e também para o prefeito Antônio Cláudio, que são as creches”, disse.

Em meio ao burburinho, vários presentes sopraram: “É Roberto!”. Dilma então olhou carinhosamente para o prefeito e pediu desculpas, fazendo a correção. Logo depois, deu uma curiosa justificativa: “Eu tenho um amigo que chama Antônio Cláudio e eu chamo ele de Roberto Cláudio, então é uma confusão só”, falou a presidente, provocando risos na plateia.

Pouco antes, Cid havia protagonizado situação do tipo, porém muito mais embaraçosa do que engraçada. Mesmo não sendo mais ministro, Leônidas Cristino - ligado a Cid - esteve no evento e ocupou cadeira junto às demais autoridades. Ao iniciar sua fala, o governador chamou a atenção de Dilma para a presença do ex-ministro. “O Lêonidas está aqui porque está de quarentena. Ele não é mais ministro, mas continua recebendo como ministro. (...) Ele continua com o bônus de ser ministro”, disse o governador, deixando Leônidas, Dilma e os demais visivelmente constrangidos e sem palavras.

Dilma foi especialmente elogiosa com o secretário estadual de Saúde, Ciro Gomes (Pros). A presidente lembrou o período em que ambos eram ministros do ex-presidente Lula (PT). “Conheci o Ciro como um homem de coragem, um homem de perseverança, um excelente gestor, mas sobretudo um homem de imensa dignidade, um homem íntegro. E, mesmo que ele não queira, extremamente doce”, afirmou. 

Em julho deste ano, Ciro disse em entrevista que Dilma é “meio arrogante” e “muito inexperiente”, além de estar “cercada por gente de quinta categoria”. Em 2011, ela já havia dito que ela não tinha “mérito político” nem “estrada” para ser presidente. Pelas voltas que a política dá, no entanto, o secretário é atualmente cotado inclusive para substituir Alexandre Padilha no Ministério da Saúde, em meio à reforma ministerial prevista para ocorrer em dezembro.

Com informações O Povo Online