Dilma visitou ontem as obras de construção das plataformas P-66 e P-67 no Estaleiro Rio Grande - foto Roberto Stuckert Filho |
A
presidente Dilma Rousseff disse ontem que é um “absurdo” paralisar grandes
obras devido a suspeitas de problemas na execução. O TCU (Tribunal de Contas da
União) fez nesta semana série de recomendações de paralisação de obras pelo
país. Dilma deu as declarações ao responder em entrevista no Rio Grande do Sul
uma pergunta sobre a possibilidade de interrupção na construção da BR-448, na
região metropolitana de Porto Alegre.
“Paralisar obras é extremamente perigoso.
Porque depois ninguém repara o custo. Se houve algum erro, por parte de algum
agente, não tem quem repare, a lei não prevê”, disse a presidente. “Para [a
construção] por um ano, por seis meses, e ninguém te ressarce depois.”
Na
mesma entrevista, Dilma Rousseff disse que a criação de mais municípios pelo
país “divide o bolo” de recursos e não será a solução para a escassez de verbas
das prefeituras. Uma proposta em tramitação no Congresso modifica os atuais
parâmetros de emancipação de cidades, facilitando a criação.
Hoje, o país
possui 5.570 prefeituras. “Acho importante o cuidado na criação de municípios.
Se cria municípios, você não aumenta a receita, divide a receita que já existe.
Você divide o bolo. Quantos mais municípios criar, menor o bolo fica para
alguns. Há que se ter muito cuidado, muito critério.”
Dilma
disse que projetos de modificação no modelo de repasse de recursos não podem
focar apenas nas cidades e precisam levar em conta, por exemplo, a necessidade
dos Estados.
Com
informações O Povo Online
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