O
único nome do PSDB que restava na Assembleia Legislativa anunciou ontem que
também sairá do partido. De olho na sobrevivência política, o deputado estadual
João Jaime resolveu acompanhar a revoada geral tucana e seguirá para o DEM,
dias após os também deputados Téo Menezes e Fernando Hugo terem decidido
debandar.
A
sigla que por 16 anos comandou soberana o Ceará fica, agora, sem qualquer
representação no Legislativo estadual, restando apenas dois tucanos com mandato
de peso no Estado: o deputado federal Raimundo Gomes de Matos e o vereador de
Fortaleza Carlos Dutra.
Em
meio às especulações sobre trocas de sigla, Jaime chegou a dizer que não
abandonaria o PSDB. Mas, no fim das contas, pesou o cálculo eleitoral. Diante
da possível ausência do ex-senador Tasso Jereissati na disputa de 2014 e sem a
robustez partidária de outrora, os “resistentes” da legenda deverão ter
dificuldades para atingir o coeficiente eleitoral. “Fiquei dividido entre ficar
e não ser candidato ou sair e tentar me reeleger. Pesou a decisão de ficar na
vida pública”, justificou Jaime ao Jornal O POVO, em meio a lamentos pela partida.
O
esfacelamento do PSDB no Ceará é encarado com pouca autocrítica pelos que
continuarão na legenda. Questionado se o partido teria cometido algum erro
estratégico, o atual presidente estadual da sigla, ex-senador Luiz Pontes,
retrucou: “O nome disso é governo, minha filha. Há uma ação muito forte do
governo em cooptar todo mundo da Assembleia. E a lei permite a promiscuidade de
mudar de partido como quem muda de camisa”, analisou.
Pontes
disse que a saída dos tucanos foi pacífica e que o PSDB não irá reivindicar os
mandatos de quem for para siglas já existentes – caso de Jaime e Téo Menezes,
já que Fernando Hugo se filiará ao Solidariedade, recém-registrado. Entretanto,
o presidente do partido pareceu irritado com os argumentos dos dissidentes. “A
desculpa dessas pessoas de que vai ser difícil se eleger, toda eleição é
difícil. Quem não quiser dificuldade, fica em casa”, disse.
Embora
a promessa venha sendo feita desde a derrota de Tasso na eleição para o Senado
em 2010, os tucanos voltaram a dizer que irão reconstruir a sigla. Pontes
afirmou que o partido deve filiar cerca de 200 pessoas, entre médicos,
advogados, engenheiros etc. Ele disse não saber mensurar o saldo de
ingressantes e dissidentes. O prazo para filiações de quem deseja disputar as
eleições de 2014 termina hoje.
Com
informações O Povo Online
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