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13 de outubro de 2013

Pesquisas identificam perfil desejado e ajudam os partidos

O presidente da Associação Brasileira de Consultores Políticos, Carlos Manhanelli entregando Certificado ao empresário João Matias - foto Raimundo Soares
Um homem que não sabe sorrir não deve abrir uma loja”, diz um provérbio chinês adaptado pelo publicitário cearense Ricardo Alcântara ao ambiente eleitoral. A autenticidade e a capacidade de gerar empatia no público continuam entre as habilidades que contam pontos na definição de um candidato. Para os menos simpáticos, há saída: recursos como personal styler, sessões de fonoaudiologia e até orientação alimentar são utilizados pelas equipes de marketing político para preparar os futuros competidores, diz Alcântara.

Acontece que, conforme ele destaca, “não há regra de manual” sobre o perfil a ser construído. Os ingredientes da montagem variam ao sabor da conjuntura política e, sobretudo, de acordo com o que o eleitor quer a cada momento. É para identificar as características desejadas pelo eleitorado que entra em cena o primeiro instrumento da construção de uma candidatura: as pesquisas.

Conforme explica o presidente da Associação Brasileira de Consultores Políticos e autor de 17 livros sobre o tema, Carlos Manhanelli, tudo começa com um diagnóstico. “Como todo bom medico, vamos ouvir o paciente. Na primeira conversa, ele fala todos os sintomas que sente. ‘Acho que esse segmento social está comigo, acho que tem uma dorzinha ali naquela região’. A partir daí, vamos para os laboratórios fazer os exames, que são as pesquisas quantitativas e qualitativas. Com os resultados, fazemos o cruzamento de várias informações e, assim, temos um primeiro diagnóstico”, explica.

Segundo Manhanelli, dificilmente as sondagens incluem perguntas estimuladas (quando o eleitor escolhe a resposta em uma lista apresentada a ele) e, não necessariamente, incluem nomes de possíveis candidatos.

“Nesse momento estamos procurando o ambiente eleitoral. As pessoas dizem quais qualidades elas querem ver no candidato. Só depois é que vamos levantar quais dessas características elas enxergam nos personagens. Passada essa etapa, verifica-se se os nomes são conhecidos o suficiente. Se não são, é preciso começar a alavancar o conhecimento”, afirma Manhanelli.

É pelo que mostram tais levantamentos que, nem sempre, a fórmula básica da simpatia e do carisma são fatores essenciais na escolha de um candidato. Conforme destaca Ricardo Alcântara, assim como Dilma, “o ex-governador de Pernambuco, Jarbas Vasconcelos, nunca foi um primor de simpatia, mas sempre vendeu aquela carranca velha dele como um comportamento autêntico, não demagógico, de uma pessoa séria, que não faz concessões fáceis, nem transige com seus princípios. Deu certo”, ilustra. Conforme a defesa do publicitário grifada no início deste texto, “não há regra”. É pura pesquis


Com informações O Povo Online

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