O presidente da Associação Brasileira de Consultores Políticos, Carlos Manhanelli entregando Certificado ao empresário João Matias - foto Raimundo Soares |
Um
homem que não sabe sorrir não deve abrir uma loja”, diz um provérbio chinês
adaptado pelo publicitário cearense Ricardo Alcântara ao ambiente eleitoral. A
autenticidade e a capacidade de gerar empatia no público continuam entre as
habilidades que contam pontos na definição de um candidato. Para os menos
simpáticos, há saída: recursos como personal styler, sessões de fonoaudiologia
e até orientação alimentar são utilizados pelas equipes de marketing político
para preparar os futuros competidores, diz Alcântara.
Acontece
que, conforme ele destaca, “não há regra de manual” sobre o perfil a ser
construído. Os ingredientes da montagem variam ao sabor da conjuntura política
e, sobretudo, de acordo com o que o eleitor quer a cada momento. É para
identificar as características desejadas pelo eleitorado que entra em cena o
primeiro instrumento da construção de uma candidatura: as pesquisas.
Conforme
explica o presidente da Associação Brasileira de Consultores Políticos e autor
de 17 livros sobre o tema, Carlos Manhanelli, tudo começa com um diagnóstico.
“Como todo bom medico, vamos ouvir o paciente. Na primeira conversa, ele fala
todos os sintomas que sente. ‘Acho que esse segmento social está comigo, acho
que tem uma dorzinha ali naquela região’. A partir daí, vamos para os
laboratórios fazer os exames, que são as pesquisas quantitativas e
qualitativas. Com os resultados, fazemos o cruzamento de várias informações e,
assim, temos um primeiro diagnóstico”, explica.
Segundo
Manhanelli, dificilmente as sondagens incluem perguntas estimuladas (quando o
eleitor escolhe a resposta em uma lista apresentada a ele) e, não
necessariamente, incluem nomes de possíveis candidatos.
“Nesse
momento estamos procurando o ambiente eleitoral. As pessoas dizem quais
qualidades elas querem ver no candidato. Só depois é que vamos levantar quais
dessas características elas enxergam nos personagens. Passada essa etapa,
verifica-se se os nomes são conhecidos o suficiente. Se não são, é preciso
começar a alavancar o conhecimento”, afirma Manhanelli.
É
pelo que mostram tais levantamentos que, nem sempre, a fórmula básica da
simpatia e do carisma são fatores essenciais na escolha de um candidato.
Conforme destaca Ricardo Alcântara, assim como Dilma, “o ex-governador de
Pernambuco, Jarbas Vasconcelos, nunca foi um primor de simpatia, mas sempre
vendeu aquela carranca velha dele como um comportamento autêntico, não
demagógico, de uma pessoa séria, que não faz concessões fáceis, nem transige com
seus princípios. Deu certo”, ilustra. Conforme a defesa do publicitário grifada
no início deste texto, “não há regra”. É pura pesquis
Com
informações O Povo Online
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