1 de outubro de 2013

Cid Gomes minimiza indefinição ideológica do PROS

Em entrevista ao Roda Viva, o governador afirmou ainda que Eduardo Campos não reúne "o mínimo de condições" para ser candidato em 2014 - imagem capturada do programa
Cid Gomes (sem partido) minimizou ontem a ausência de “definição ideológica” do Partido Republicano da Ordem Social (Pros), legenda mais cotada para abrigar seus aliados que abandonaram o PSB. “O Pros é novo, o programa dele é muito sintético e não se tem uma definição ideológica programática. Isso é uma desvantagem para quem pensa ideologicamente um partido, mas eu penso o partido mais como um espaço de organização de afinidades, para que se lute por um projeto”, disse, durante entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura. 

Comentando sobre o destino de seu grupo político - que será oficializado em novo partido na noite de hoje - o governador afirmou que se enxerga mais “próximo ideologicamente” do PDT, mas apontou problemas em uma possível filiação na legenda. “A desvantagem é que ele é um partido que já existe e que está presente em muitos municípios, o que ia gerar muitos conflitos, já que cada liderança quer ter seu município”, disse. “No Pros não teria esse problema, já que o partido não existe”, concluiu.

Cid Gomes disse ainda que não desejava sair do PSB, mas que se sentiu “moralmente expulso” do partido após lideranças nacionais da legenda convidarem a ex-prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins (PT), a se candidatar ao governo do Ceará pela sigla. “Não saí do partido por opção, mas sim pois houve gesto claro de hostilidade (...) hostilidade maior só se ele tivesse me ligado, como eu disse para ele, e tivesse me tido que queria que eu saísse do partido”.

Questionado sobre seu histórico de troca de partidos, Cid - que já foi filiado a quatro legendas - foi direto: “Quando se faz crítica à mudança de partidos, se faz crítica é ao fisiologismo, com gente que sai de um partido pro outro por interesse (...) nossa mudança não é de fisiologismo, é de luta. Mudei de partido para lutar”, disse Cid, que já foi filiado ao PMDB, PSDB, PPS e PSB.

O governador afirmou ainda que “não acredita” que Eduardo Campos, presidente nacional do PSB, venha realmente a disputar pela Presidência em 2014. “Ele não reúne no momento o mínimo de condições objetivas”, disse. Cid aponta que situação semelhante ocorreu em 2010, quando seu irmão, Ciro Gomes (sem partido), tentou se lançar candidato, sendo impedido por Campos. “Naquela época foi meu irmão que foi sacrificado, mas aceitei. E isso que ele tinha 18% nas pesquisas, enquanto o Eduardo tem 4%”.

Na avaliação de Cid, o que ocorre entre PT e PSB é na verdade “mal compreendido”. “As pessoas tem seu estilo. Pessoalmente o Lula lhe diz tudo o que você quer ouvir. Já a Dilma é diferente (...) não sei se faltou carinho, mas acho que ele pode estar querendo carinho além da conta”, disse.

O governador evitou falar sobre a sucessão estadual no Ceará - “fica só para 2014” - e reafirmou que, após seu mandato, deverá deixar o País para trabalhar no Banco Interamericano para o Desenvolvimento (BID).


Com informações O Povo Online

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