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18 de agosto de 2013

Professor usa rede social para denunciar má qualidade da água no Amaro

Professor Agnaldo Belizário e seus alunos no Amaro - Jamyla Flavio
O Professor Agnaldo Belizário, usou a rede social Facebook para denunciar a má qualidade da água Distrito de Amaro, Zona Rural do vizinho Município de Assaré, postando fotos da “coloração da água” e tentando mobilizar a comunidade para reivindicar dos órgãos competente a solução do problema.

“Naturalmente a água seria incolor, mas em nossa terra ganha tons amarelados e esverdeados, em dados momentos” disse Agnaldo, que ainda esclarece por não água ser tratada, “a população sofre e passa por dificuldades, até nas atividades mais básicas e elementares, como escovar os dentes e tomar banho, ficam comprometidas”.

Agnaldo denuncia ainda que além da cor, a água chega às casas com um “cheiro insuportável” e o resultado de seu contato com a população estar no aumento significativo de pessoas adoentadas. Especialistas afirmam que o consumo, ou até mesmo o contato com águas impróprias podem ocasionar doenças como diarreia, cólera, leptospirose, hepatite ou esquistossomos.

Enquanto o problema não é solucionado, Agnaldo explica o meio encontrado pelos quase quatro mil habitantes do distrito de Amaro, para contornarem a falta de água potável. “A solução é ir até casas vizinhas que a água chegue limpa, pelo menos para tomar banho e comprar água mineral para beber e cozinhar”, lamenta. “Enquanto isso, cobramos uma resposta concreta e ágil das autoridades”, acrescenta.


As cobranças de Agnaldo foram noticiadas pelo Portal Miséria de Juazeiro do Norte que reproduziu uma imagem sua e noticia o problema enfrentado pela comunidade do Amaro.

O problema recorrente nas duas localidades expõe a falta de estrutura que muitas famílias interioranas vivem em pleno século XXI. Expostas a doenças e impotentes na solução do problema, o agricultor Amarildo da Silva traduz a realidade da comunidade. “O descomprometimento do poder público é tão grande que chega a revoltar; até o básico está faltando, nem a água pra lavar roupa ou fazer comida nós temos. A gente só é lembrado em tempos de eleição”, diz Silva, com tom de indignação.

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