O grupo que o apoia Candidatura de Guilherme Sampaio para a presidência estadual do PT defende o rompimento com Cid - Thiara Nogueira |
O
PT do Ceará vive um momento de profunda divisão interna que se reflete na
exposição de opiniões divergentes que podem ser definidoras dos rumos do
partido para 2014. Diante da corrida pela presidência da sigla no Ceará se
estabelecem duas posições: uma aposta no rompimento da aliança com o PSB de Cid
Gomes e em candidatura própria ao governo estadual em 2014. Do outro lado,
defende-se a aliança do partido com a base atual para estabelecer um palanque
forte para a campanha de Dilma Rousseff à reeleição.
As
falas de apoio a um possível rompimento com o PSB no Ceará levantavam os ânimos
dos militantes presentes no lançamento da candidatura de Guilherme Sampaio,
ontem, na Assembleia Legislativa. O vereador conta com o apoio na atual
presidente do partido, a ex-prefeita Luizianne Lins, no Processo de Eleição
Direita (PED) 2013.
Após
fazer críticas às últimas polêmicas da gestão de Cid, o deputado Eudes Xavier,
apoiador de Guilherme, ressaltou: “Não é esse governo que o partido deve
apoiar”. O atual presidente do PT Fortaleza, Raimundo Ângelo, foi uma das
lideranças a defender que o partido lance candidato ao Governo do Estado em
2014. Duas outras correntes para a presidência do partido, uma liderada pelo
ex-presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) no Ceará, Francisco de
Assis Diniz; e outra pelo sindicalista José Maria Castro convergem os esforços
para garantir a reeleição de Dilma à presidência da República.
“Falsa
polêmica”
O
atual vice-presidente estadual do PT, Joaquim Cartaxo, apoiador de Assis Diniz,
destacou que o período não é de discutir tática eleitoral. Porém reforçou que a
última decisão do PT foi de priorizar a estruturação de um palanque forte para
receber Dilma em 2014 e isso, segundo ele, passa pela manutenção da aliança com
PSB, PMDB e PCdoB. Cartaxo criticou a postura de Guilherme Sampaio em dar coro a
um suposto rompimento entre partidos. “Ele (Guilherme) não tem veia partidária
e está tentando criar uma falsa polêmica. O partido (PT) não está debatendo
isso”, disse o vice-presidente. “A próxima direção pode alterar essa decisão,
mas isso só vai depender do próximo congresso do partido, em 2014. Por
enquanto, é mera especulação”, ressaltou.
Defensor
da candidatura de José Maria Castro, o deputado federal Artur Bruno reforçou a
proposta da corrente, com base no foco na estruturação nacional. “Podemos ter
posição de candidato a senador ou a governador desde que o candidato faça a
campanha da reeleição de Dilma”, pontuou o deputado.
Com
informações O Povo Online
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