
Alguns jornais de mérito no Ceará e em Pernambuco, Diário do Nordeste e Folha de Pernambuco, respectivamente, em seus cadernos de cultura, dispuseram-se a exaltar a intertextualidade que Halder Gomes faz no seu longa. O Diário chega a dizer que Cine Holliúdy é a quarta peça magistral que trata da crise do cinema, sendo as outras "A Última Sessão de Cinema" (1971), de Peter Bogdanovich; na Itália de "Cinema Paradiso" (1988), de Giuseppe Tornatore, e de "Splendor" (1989), de Ettore Scola. A Folha de Pernambuco, numa crítica que aborda principalmente a cultura do Ceará, escreveu "ver 'Cine Holliúdy' é quase um despertar do espectador para a riqueza da diversidade cultural brasileira."
A Revista Cinética, importante nome da crítica nacional, resenhou em 2012, a relação do filme Cine Holliúdy com a cultura popular, resgatando as chanchadas, sessões pipocas dos anos 1940 e 1950, e Mazzaropi, que há muito tratou o popular com realismo. Tratando o filme como idealísta e quase messiânico, denuncia que o longa carrega em todo seus 95min uma expressão saudosa e ultrapassada dos matinês. "Ao militar por essa experiência coletiva ancorada no repertório das matinês, o longa de Halder Gomes só pode buscar no repertório popular um meio de consumação de um discurso que parece bastante incoerente em 2012. O popular será, portanto, um ideal, um mito, uma aspiração, inclusive porque a estética adotada em Cine Holliúdy confirmará sua impossibilidade", escreveu.
Assista agora o curta-metragem "Cine Holiúdy - O Astista Contra o Caba do Mal" na íntegra:
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