A
esperança de vida ao nascer aumentou quase 13 anos no Nordeste de 1980 a 2010,
segundo mostra estudo divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), no Rio de Janeiro. Apesar disso, a região nordestina tem um
dos piores resultados entre as demais do País, 71,2 anos em 2010, atrás apenas
da Norte, com 70,8 anos. Nesses 30 anos, houve inversão de posições entre o
Norte e Nordeste.
De
uma vantagem de dois anos e meio para os nortistas, passou-se para uma
dianteira de 0,44 ano, cinco meses e oito dias, dos nordestinos. No Brasil, a
esperança de vida ao nascer passou de 62,5 anos, em 1980, para 73,8 anos em
2010, acréscimo de 11 anos, dois meses e 27 dias no período. “A melhora nessas
regiões foi significativa, até porque tinham resultado bem inferior aos das
demais localidades”, afirmou Fernando Albuquerque, gerente do IBGE.
Segundo
ele, os principais propulsores do aumento da esperança de vida no Nordeste e no
Norte foram melhoras no saneamento básico, assistência à saúde, programas de
transferência de renda, como o Bolsa Família, e o aumento da escolaridade. As
regiões que possuíam o melhor cenário em 2010 eram a Sul, 75,8 anos, e a
Sudeste, 75,4 anos. No Centro-Oeste era de 73,64 anos.
Na
análise por estados, os piores resultados ocorrem no Maranhão, 68,7 anos;
Alagoas, 69,2 anos; Piauí, 69,8 anos; Roraima, 69,9 anos; e Rondônia, 70,3
anos. “São regiões com baixo IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), aonde o
acesso à saúde é mais complexo. São estados que precisam mais urgentemente de
investimentos em saúde pública”, esclareceu Albuquerque. Outro problema,
segundo citou, é a baixa escolaridade.
A
pesquisa mostrou ainda que a maior esperança de vida ocorre em Santa Catarina,
76,8 anos; Distrito Federal, 76,2 anos; São Paulo, 76 anos; Rio Grande do Sul,
75,9 anos; e o Espírito Santo, 75,6 anos.
“Os
estados do Sul têm tradicionalmente a maior esperança porque são regiões
desenvolvidas e que possuem mais qualidade de vida. Nesses locais, há menos
registros de óbitos violentos”, acrescentou o especialista do IBGE.
Ele
disse que outras unidades da Federação como São Paulo e o Rio de Janeiro, por
exemplo, apesar de serem potências econômicas têm o resultado prejudicado por
causa do registro de mortes violentas, seja por acidentes de trânsito ou
homicídios.
Com
informações O Povo Online
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