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11 de agosto de 2013

A revolta que usa preto

Além de terem atraído milhares de brasileiros que nunca haviam participado de protestos, as manifestações de rua dos últimos meses em várias partes do país trouxeram elemento que, se não é propriamente novo no Brasil, fez-se mostrar com força nunca vista antes, como puderam sentir as polícias locais.

Vestidos de preto, usando máscaras, movendo-se pelas ruas como uma ordem unida, os Blocos Pretos surgiram em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, danificando agências bancárias, concessionárias e outros estabelecimentos comerciais.

Quando falam à imprensa, os participantes denominados de "Black Blocs" justificam que não existe violência em seus atos, e sim manifestação “estética” de ataque ao capitalismo e ao Estado por meio de seus símbolos.

Os mascarados de preto são rápidos em ressaltar: o que se chama de Black Bloc é, antes de qualquer ideologia, estratégia de protesto, caracterizada pela indumentária dos manifestantes e pelo modo como se movimentam na rua, planejados de modo a dificultar a identificação dos membros do grupo pela Polícia.

O modelo foi desenvolvido em cidades da Alemanha no fim dos anos 70/começo dos 80, por indivíduos contrários ao uso de energia nuclear, ocupantes de imóveis desocupados (que acabavam despejados) e outros revoltados com ações do governo. Parte deles começou a usar roupas pretas e máscaras e a mover-se em marcha. A imprensa alemã passou a chamá-los de “o bloco preto”. Ao longo dos anos, a tática foi replicada em outros países por manifestantes anticapitalistas e/ou anarquistas.

Com informações O Povo Online

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