Entre as mensagens da marcha estão o fim do preconceito contra homossexuais e o da violência contra as mulheres, além da legalização do aborto – Fernando Frazão |
Centenas
de manifestantes participam ontem (27/07) da Marcha das Vadias, na orla de
Copacabana, na zona sul da capital fluminense, onde também ocorre a vigília dos
peregrinos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Entre as mensagens da marcha
estão o fim do preconceito contra homossexuais e o da violência contra as
mulheres, além da legalização do aborto.
Vários
manifestantes aproveitaram também para criticar a Igreja Católica.
Representantes da organização não governamental (ONG) Católicas pelo Direito de
Decidir distribuíram uma carta aberta ao papa Francisco pedindo mudanças na
Igreja, como o fim da condenação ao aborto e a bênção à união de casais do
mesmo sexo. “Viemos fazer um contra-discurso e mostrar que o discurso do papa e
do Vaticano não é o único. A gente quer passar essa mensagem para que as
pessoas [que participam da JMJ] reflitam e se somem à gente”, disse Kelly de
Oliveira, representante da ONG.
A
manifestação foi acompanhada de perto por alguns peregrinos da JMJ, que se
mostraram indignados. É o caso de Conceição Vilar, que veio da Paraíba para
participar do evento católico. “É uma afronta. Eles estão aqui de penetras. Estão
tirando a nossa paz e a nossa harmonia. Não há espaço para isso aqui”, disse.
A
marcha começou no Posto 5, em Copacabana, e seguiu em direção a Ipanema, para
evitar confronto com os peregrinos, que estão concentrados no lado oposto da
orla, próximo ao Leme.
Com
informações Agência Brasil
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