O grupo de trabalho que vai discutir propostas para reforma política no país é instalado na Câmara dos Deputados – foto Fabio Rodrigues Pozzebom |
Instalado
ontem (16/07) na Câmara dos Deputados, o grupo de trabalho que vai debater a
reforma política pretende criar um portal na internet para receber sugestões da
sociedade e fará diversas audiências públicas. O coordenador do colegiado,
deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), acredita ser possível apresentar uma
proposta antes mesmo dos 90 dias de trabalho estipulados para o grupo.
“Primeiro,
vamos criar um portal aqui na Câmara para receber as contribuições de toda a
sociedade. Qualquer cidadão do Brasil que quiser fazer uma proposta poderá
encaminhar à Câmara e ela será lida por mim, encaminhada ao presidente da Casa,
a todos os parlamentares e entrará no processo de discussão do grupo de
trabalho”, disse Vaccarezza.
O
petista convocou para amanhã (17), às 14h, a primeira reunião do grupo. Segundo
ele, o recesso não vai atrapalhar os trabalhos do colegiado. “O recesso não é,
para os parlamentares, um momento de férias. Pedi, inclusive, para todos os
parlamentares do grupo ouvirem as suas bases, os movimentos sociais nos seus
estados, vereadores, prefeitos, governadores para enriquecer o debate”.
De
acordo com Vaccarezza, devem ser ouvidos representantes das entidades que
participaram da elaboração da Lei da Ficha Limpa, das centrais sindicais, dos
trabalhadores, dos empresários, dos movimentos por ética na política, da
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e dos evangélicos.
“Minha
avaliação é que em menos de 90 dias nós apresentaremos para Casa um processo de
votação da reforma política”, frisou.
Além
de Vaccarezza, os indicados para o grupo são: Ricardo Berzoini (PT-SP), Marcelo
Castro (PMDB-PI), Marcus Pestana (PSDB-MG), Guilherme Campos (PSD-SP),
Esperidião Amin (PP-SC), Luciano Castro (PR-RR), Rodrigo Maia (DEM-RJ), Júlio
Delgado (PSB-MG), Miro Teixeira (PDT-RJ), Antonio Brito (PTB-BA), Leonardo
Gadelha (PSC-PB), Manuela D’Ávila (PCdoB-RS) e Sandro Alex (PPS-PR).
Depois
de instalado, o grupo de trabalho terá 90 dias para elaborar uma proposta de
reforma política. A ideia é que a proposta, depois de aprovada pela Câmara e
pelo Senado, seja submetida à consulta popular na forma de um referendo.
Com
informações Agência Brasil
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