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19 de julho de 2013

Após 14 anos de obras, Dilma inaugura estações finais do Metrofor

Dilma e Cid durante cerimônia de inauguração das estações Chico da Silva e José de Alencar da linha sul do metrô de Fortaleza - foto Roberto Stuckert Filho
Mais de 20 anos após os projetos embrionários para a instalação de um metrô na Capital, foram inauguradas ontem as duas últimas estações da Linha Sul do Metrô de Fortaleza (Metrofor). A presidente Dilma Rousseff (PT), presente à inauguração, admitiu que o transporte metroviário no País está com décadas de atraso. Porém, fez loas à obra e disse que o equipamento é importante não só para o Ceará mas para o Brasil.
“Com um projeto desse estamos dando qualidade não apenas de transporte, mas também de trabalho”, afirmou Dilma. Ela citou que a obra deve beneficiar cerca de 350 mil pessoas, mas advertiu que é preciso iniciar rapidamente também o processo de integração com outros modais de transporte: “Sem integração não há solução”.

De acordo com a presidente, o País errou em um campo estratégico quando, em décadas atrás, praticamente deixou de investir em metrôs para direcionar seus esforços ao transporte rodoviário.

“Em décadas passadas, o Brasil tinha que ter começado a fazer metrô. Agora, com a grande concentração (de tráfego), é muito mais difícil”, afirmou. Dilma pontuou que isso ocorreu porque “naquele tempo, havia uma visão de que metrô era coisa de rico”.
As estações do metrô de Fortaleza

A presidente disse ainda que os investimentos em mobilidade urbana, de uma forma geral, só passaram a ocorrer no segundo mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Antes o Brasil não investia em mobilidade”, salientou. O deputado federal José Guimarães (PT), que foi um dos principais articuladores da vinda de Dilma, também esteve na inauguração, junto com outros deputados e senadores da bancada cearense.

A Linha Sul do Metrofor, iniciada em 1999, liga Pacatuba a Fortaleza através de 20 estações. Apesar da inauguração oficial, ainda há duas novas estações com obras em andamento. Essa linha está orçada em R$ 1,5 bilhão, sendo que a maior parte de recursos é do Governo Federal. A contrapartida do Estado é de R$ 200 milhões. Atualmente, o metrô está em fase de testes e ainda não há data definida para o início da operação comercial, embora a ideia do Governo seja conseguir isso no primeiro semestre do próximo ano.

Previsões otimistas

O governador Cid Gomes (PSB) se mostrou empolgado com a inauguração e fez projeções para lá de otimistas. “Em breve, Fortaleza será a maior malha metroviária per capita do Brasil”, disse. Isso porque, segundo ele, a continuação das obras do metrô - especialmente quando a Linha Leste estiver concluída - aumentará para 71 quilômetros a extensão do trajeto do Metrofor. “Será maior que a de Rio de Janeiro e de São Paulo”, comparou. A capital paulista, conforme citou o próprio governador, tem 74 quilômetros de linhas.

Atualmente, com a conclusão da Linha Sul, Fortaleza tem apenas 24,1 km em linha de metrô. Tal extensão demorou 14 anos para ser atingida, sendo que nas gestões de Lula, Dilma e Cid, de acordo com dados do Governo, foram investidos 58% de todos os recursos aplicados na obra.

Bastidores

Dilma Rousseff desembarcou na Base Aérea de Fortaleza por volta das 10h30min acompanhada pelos ministros Leônidas Cristino (Portos), Aguinaldo Ribeiro (Cidades) e Teresa Campelo (Desenvolvimento Social), além do senador José Pimentel (PT).

A presidente foi recebida pelo deputado federal José Guimarães (PT), o senador Inácio Arruda (PCdoB), o governador Cid Gomes (PSB), o prefeito Roberto Cláudio (PSB) e o vice-governador Domingos Filho (PMDB).

Houve comentários sobre a ausência do senador Eunício Oliveira (PMDB) ao evento. A assessoria do parlamentar informou a O POVO que ele não compareceu porque está em viagem para os Estados Unidos, onde acompanha a realização de exames médicos da filha. Eunício é potencial candidato ao Governo do Estado em 2014.

Ao falar sobre as máquinas que vão fazer a perfuração da Linha Leste do metrô, Cid usou o termo “shield”, como são chamados os equipamentos. Na sua vez, Dilma disse: “Vamos falar no popular, o nome é ‘tatuzão’”.

Com informações O Povo Online

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