Estudantes de Fisioterapia também apoiaram os protestos dos profissionais – foto Emanuele Saraiva |
Mais
uma categoria adere às manifestações populares que vêm ocorrendo há mais de uma
semana em todo o país, a dos profissionais de saúde, que não concordam com o
Projeto de Lei (PL) 286, que trata do chamado Ato Médico. O Senado aprovou o
projeto na última terça-feira (18/06).
Atos
de protesto contra o projeto que define as atividades exclusivas dos médicos e
as que podem ser executadas por outros profissionais de saúde vêm sendo
convocados nos últimos dias por meio das redes sociais.
Para
o dia hoje foi convocado protestos em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e
várias outras capitais. No Rio de Janeiro, desde a manifestação de
segunda-feira (20), já se viam cartazes contra o Ato Médico, mas, no protesto
de ontem (20/06), vários profissionais de saúde marcharam de forma organizada
contra a sanção da lei. A categoria pede que a presidente Dilma Rousseff vete
os artigos do projeto que, para eles, ferem a autonomia dos profissionais.
Segundo
o diretor do Sindicato dos Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais no Rio de
Janeiro, Nilton Rocha, ao menos 110 profissionais e estudantes atenderam à
convocatória da entidade – uma das que organizaram atos contra o projeto –
antes de se juntarem aos milhares de manifestantes que tomaram as ruas da
capital fluminense na noite passada.
“Nossa
expectativa é somar forças com os outros 13 sindicatos de área de saúde,
mobilizar a categoria e atrair mais colegas para os próximos atos”, disse Rocha
à Agência Brasil, confirmando que diversas categorias estão se somando aos
protestos populares. “Há um descontentamento geral que permitiu que vários
movimentos, com bandeiras distintas, se reunissem agora. Cada um reivindicando
suas propostas, mas lutando por algo maior”, explicou o sindicalista.
Uma
das profissionais que aderiram ao movimento foi a fisioterapeuta carioca
Rafaela Woodtli. Em sua página em uma rede social, ela afirma que “o movimento
contra o Ato Médico está inserido dentro do grande movimento por melhores
condições de vida, de educação, de saúde, de segurança. Afinal, estamos lutando
pela saúde”, diz Rafaela.
Em
Juazeiro do Norte, a manifestação convocada pelas redes sociais mobilizou no
final da tarde de hoje cerca 300 profissionais enfermeiros, nutricionista, fisioterapeutas,
farmacêutico, assistentes sociais, educadores físico, psicólogos e outras centenas de
estudantes.
Com
informações Agência Brasil
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