Dilma em reunião com Governadores e Prefeitos de Capitais - foto Roberto Stuckert Filho |
Em
resposta às manifestações populares que tomam conta das ruas do país, a
presidente Dilma Rousseff propôs hoje “cinco pactos em favor do Brasil” a
governadores e prefeitos. As medidas são nas áreas social, econômica e
política. Destaque para a ideia de transformar a corrupção em crime hediondo.
Na
fala inicial durante a reunião, a presidente disse que é preciso unir forças
para o combate e controle à inflação, uma das questões vêm diminuindo a
aprovação de seu governo. Segundo Dilma, a alta da inflação ainda é reflexo da
crise financeira internacional. “A responsabilidade fiscal para garantir
estabilidade da economia e garantir o controle da inflação. Essa é uma dimensão
importante no momento atual quando a crise castiga com volatilidade todas as
nações”, disse.
Em
seguida, a presidente propôs um plebiscito sobre a realização de uma
constituinte para uma ampla reforma política que “amplie a participação popular
e os horizontes da cidadania”. O plebiscito, segundo Dilma, pode ajudar o
Brasil a enfrentar a crise política pela qual passa o País.
Segundo
a petista, “o Brasil está maduro para avançar e já deixou claro que não quer
ficar parado onde está”. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e o
governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), foram os autores da ideia de convocar um
plebiscito para a população decidir se apoia a criação de uma Assembleia
Constituinte.
Dilma
defendeu ainda que a corrupção seja configurada como crime hediondo. “Queremos
dar prioridade ao combate à corrupção de forma mais contundente. Nesse sentido,
precisamos de uma nova legislação que classifique a corrupção dolosa como crime
hediondo”, argumentou.
Mesmo
com a resistência da categoria, a presidente anunciou como um compromisso para
melhorar a saúde a importação de médicos estrangeiros para o Sistema Único de
Saúde (SUS).
De
acordo com a presidente, as vagas serão oferecidas com prioridade para médicos
brasileiros. As que não forem preenchidas ficarão para os estrangeiros. “Sei
que vamos enfrentar um debate democrático. Gostaria de dizer à classe médica
que não trata de medida hostil ou desrespeitosa, tendo em vista que temos
dificuldades de encontrar médico para trabalhar nas áreas mais remotas”, disse.
A
presidente comparou a importação de médicos com outros países. Ela citou que o
“Brasil continua sendo o que menos emprega médicos estrangeiros”, com 1,79% do
mercado. Nos Estados Unidos seriam 25% e na Austrália, 22%. “Enquanto isso,
temos hoje regiões que não têm atendimento médico. Isso não pode continuar”.
Para
o setor de transportes, ela anunciou R$ 50 bilhões para investimentos em obras
de mobilidade urbana. Ela cobrou maior transparência na fixação dos preços das
tarifas.
Na
área educacional, a presidente cobrou do Congresso Nacional a aprovação do
projeto que destina 100% dos recursos de royalties e participação especial do
petróleo da camada pré-sal para a educação.
Com
informações O Povo Online
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