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25 de junho de 2013

Dilma disse que o Brasil está maduro para avançar

Dilma em reunião com Governadores e Prefeitos de Capitais - foto Roberto Stuckert Filho
Em resposta às manifestações populares que tomam conta das ruas do país, a presidente Dilma Rousseff propôs hoje “cinco pactos em favor do Brasil” a governadores e prefeitos. As medidas são nas áreas social, econômica e política. Destaque para a ideia de transformar a corrupção em crime hediondo.

Na fala inicial durante a reunião, a presidente disse que é preciso unir forças para o combate e controle à inflação, uma das questões vêm diminuindo a aprovação de seu governo. Segundo Dilma, a alta da inflação ainda é reflexo da crise financeira internacional. “A responsabilidade fiscal para garantir estabilidade da economia e garantir o controle da inflação. Essa é uma dimensão importante no momento atual quando a crise castiga com volatilidade todas as nações”, disse.

Em seguida, a presidente propôs um plebiscito sobre a realização de uma constituinte para uma ampla reforma política que “amplie a participação popular e os horizontes da cidadania”. O plebiscito, segundo Dilma, pode ajudar o Brasil a enfrentar a crise política pela qual passa o País.

Segundo a petista, “o Brasil está maduro para avançar e já deixou claro que não quer ficar parado onde está”. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e o governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), foram os autores da ideia de convocar um plebiscito para a população decidir se apoia a criação de uma Assembleia Constituinte.

Dilma defendeu ainda que a corrupção seja configurada como crime hediondo. “Queremos dar prioridade ao combate à corrupção de forma mais contundente. Nesse sentido, precisamos de uma nova legislação que classifique a corrupção dolosa como crime hediondo”, argumentou.

Mesmo com a resistência da categoria, a presidente anunciou como um compromisso para melhorar a saúde a importação de médicos estrangeiros para o Sistema Único de Saúde (SUS).

De acordo com a presidente, as vagas serão oferecidas com prioridade para médicos brasileiros. As que não forem preenchidas ficarão para os estrangeiros. “Sei que vamos enfrentar um debate democrático. Gostaria de dizer à classe médica que não trata de medida hostil ou desrespeitosa, tendo em vista que temos dificuldades de encontrar médico para trabalhar nas áreas mais remotas”, disse.

A presidente comparou a importação de médicos com outros países. Ela citou que o “Brasil continua sendo o que menos emprega médicos estrangeiros”, com 1,79% do mercado. Nos Estados Unidos seriam 25% e na Austrália, 22%. “Enquanto isso, temos hoje regiões que não têm atendimento médico. Isso não pode continuar”.

Para o setor de transportes, ela anunciou R$ 50 bilhões para investimentos em obras de mobilidade urbana. Ela cobrou maior transparência na fixação dos preços das tarifas.

Na área educacional, a presidente cobrou do Congresso Nacional a aprovação do projeto que destina 100% dos recursos de royalties e participação especial do petróleo da camada pré-sal para a educação.

Com informações O Povo Online

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