A Seleção Brasileira cumpriu seu papel em Salvador venceu a Itália por 4 a 2 e assegurou a liderança do Grupo - foto Ricardo Matsukawa |
Com
direito a sobressaltos na defesa e alguma dificuldade ofensiva no primeiro
tempo, a Seleção Brasileira cumpriu seu papel em Salvador na tarde deste sábado
na Arena Fonte Nova. Venceu a Itália por 4 a 2, assegurou a liderança do Grupo
A para as semifinais e, de quebra, praticamente eliminou as chances de
enfrentar a Espanha, favorita para ganhar o Grupo B, antes da final da Copa das
Confederações.
O
baiano Dante, um dos estreantes, abriu o marcador no primeiro tempo. Neymar, de
falta, e Fred, duas vezes, também fizeram para o Brasil, que jamais ficou atrás
no placar. A Itália, que jogou sem três titulares e perdeu outros dois no
início, marcou com Giaccherini e também com Chiellini. Assustou muito, acertou
o travessão de Júlio César, mas não evitou sua primeira derrota na competição.
Na
esteira do pronunciamento da presidente Dilma Rousseff, na noite de
sexta-feira, a partida em Salvador teve pouca relação com o extracampo. Não
houve manifestações relevantes do povo baiano nos arredores da Arena Fonte
Nova. Mesmo longe do estádio, os principais movimentos sociais não se
mobilizaram como nos dois jogos anteriores.
A
preocupação agora fica para Belo Horizonte, onde as manifestações seguem em
ritmo muito intenso mesmo neste sábado. Na próxima quarta-feira, às 16h (de
Brasília), a Seleção recebe o segundo lugar do Grupo B, provavemente o Uruguai,
no Mineirão. Já a Itália vai a Fortaleza, onde deve reeditar a final da última
Eurocopa contra a Espanha.
Entre
a cautela com Daniel Alves e Thiago Silva, pendurados, ou oferecer mais
sequência à equipe, Luiz Felipe Scolari optou pela segunda opção. Com isso,
manteve 10 dos 11 titulares dos últimos três jogos. A exceção ficou por conta
de Paulinho, com dores no tornozelo esquerdo e poupado para dar lugar a
Hernanes. Apesar do suposto maior entrosamento, a Seleção Brasileira teve
dificuldades nos primeiros 45 minutos.
O
público baiano tentou empurrar, desde o Hino Nacional cantado com fervor, mas a
boa marcação italiana permitiu poucas ocasiões para o time de Felipão. Com
todos jogadores atrás da bola, exceto Balotelli, a Itália forçou os chutes
longos como a França já havia feito em Porto Alegre.
Fred acabou com jejum no torneio e
marcou duas vezes diante da Itália
- foto Ricardo Matsukawa
|
O
meio-campo brasileiro não conseguiu jogar com passes curtos para encontrar
espaço e colocar velocidade. Fred, Hulk e Oscar, irreconhecíveis, redobravam a
expectativa sobre Neymar, e com ele saiu o único bom lance do Brasil. Na
verdade, com um bom calcanhar de Oscar, que deixou o camisa 10 em condições de
finalizar, mas para fora.
Já
nos acréscimos, quando o empate era quase uma certeza, o Brasil conseguiu abrir
o marcador. Da esquerda, Neymar ameaçou, enganou a marcação e cobrou falta na
cabeça de Fred. Buffon fez ótima defesa, mas o baiano Dante, que havia
substituído David Luiz, estava atento. No rebote, fez alegria de seu povo.
O
jogo em Salvador foi reiniciado e o primeiro ato ficou por conta de Balotelli.
A Itália jogava prejudicada: sem Pirlo (lesionado), De Rossi (suspenso),
Barzagli (poupado) e ainda perdeu, na primeira etapa, Abate e Montolivo. Mas o
número 9 apareceu. Buffon cobrou tiro de meta e Marcelo, perdido no meio-campo,
também perdeu de cabeça. A bola veio a Balotelli, que acertou de calcanhar, e
rara felicidade, uma bola infiltrada a Giaccherini. Às costas de Marcelo. Às
redes de Júlio César.
O
goleiro brasileiro perdeu sua invencibilidade de três jogos e mais um tempo,
mas a Seleção não perdeu a cabeça. Sem uma arbitragem europeia, Neymar contou
com o pouco rigor do uzbeque Ravshan Irmatov e buscou os lances individuais.
Ganhou falta depois de lance com Maggio, que
obstruiu a passagem com o braço. Neymar pediu a bola e colocou no canto
de Buffon, mas na gaveta. O primeiro gol de falta da Seleção desde outubro de
2011. O sexto da carreira de Neymar.
Neymar fez um golaço de falta, surpreendendo o goleiro Buffon - foto Ricardo Matsukawa |
A vantagem no placar
incendiou a Fonte Nova e também obrigou a Itália a se soltar. Para buscar a
liderança do grupo, só mesmo com a virada. E os italianos, assim, deram o que a
Seleção mais gosta: espaço. Marcelo aproveitou bem e esticou para Fred. O
centroavante bateu Chiellini em velocidade e também Buffon com um petardo.
Marcou seu primeiro na Copa das Confederações.
Com
3 a 1 no marcador, Felipão promoveu a estreia de Bernard e deu descanso a
Neymar, mas a Itália queria mais emoção. Aos 24min, escanteio bem batido
provocou rebuliço na área: Luiz Gustavo fez pênalti em Balotelli, mas o lance
seguiu e Chiellini, mascado, tocou no cantinho de Júlio César. A defesa
brasileira reclamou, mas foi vazada novamente.
Já
nos minutos finais, Fred marcou novamente. Após bola roubada no ataque, Bernard
tocou para Marcelo, que bateu fraco da entrada da área; Buffon falhou e soltou
a bola para o meio da área, e o centroavante da Seleção completou para as
redes.
Com
informações Portal Terra
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