Os
alunos oriundos da rede pública estadual conseguiram melhorar o índice de
aprovação no ensino superior. Entre 2012 e 2013, o número cresceu 64%. Segundo
dados da Secretaria da Educação do Estado (Seduc), para o ano letivo de 2012
foram aprovados 4.757 estudantes em instituições públicas ou particulares. Já
para 2013, a quantidade chegou a 7.825.
O
grande sonho da altaneirense Ana Flavia, era cursar Medicina numa Universidade Federal e uma após um ano da conclusão do ensino
médio, na Escola Estadual de Ensino Médio Santa Tereza, ela alcançou o que tanto almejava. A vaga veio apenas na segunda chamada
do Vestibular da Universidade Federal de Sergipe, no Campus de Lagarto, mas a espera não representou um
problema. “Essa era minha meta de vida”.
Segundo
dados fornecidos pela assessoria de imprensa da Seduc, em 2012, 83.877 pessoas
concluíram o ensino médio da rede estadual. Portanto, o percentual de
aprovações é de 9,3% (7.825 alunos).
Para o ano letivo de 2013, 36,3% das vagas
ofertadas pela UFC foram ocupadas por alunos provenientes de escolas públicas.
Em 2012, esse percentual foi de 26,7%. Os números foram fornecidos pela
Pró-Reitoria de Graduação da universidade.
Entre
os cursos sediados em Fortaleza com maiores percentuais de alunos provenientes
de escolas públicas - ingressos em 2013 - estão Letras-Libras (73,3%),
Letras-Inglês (63,6%) e Pedagogia no horário noturno (55,8%). Entretanto, é no
Campus Cariri que se encontram as maiores taxas. A licenciatura em Filosofia,
por exemplo, tem 94,1% das vagas ocupadas por alunos de escolas públicas.
Para
o pró-reitor de Graduação da UFC, professor Custódio Almeida, o aumento no
ingresso desses alunos já estava acontecendo progressivamente. Mas, este ano, o
crescimento foi maior devido à Lei de Cotas. “É um processo inclusivo. Os
estudantes fazem o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) no seu município e, às
vezes, na sua própria escola. Eles não pagam taxa para prestar o exame”,
argumenta. Segundo Custódio, antes da implantação do Sisu, a quantidade média
de inscritos para o vestibular da universidade girava entre 32 e 38 mil
pessoas. Agora, esse número chega a 110 mil.
Além
das cotas no ensino público, quem deseja ingressar na universidade pode
utilizar o Programa de Financiamento Estudantil (Fies). Ele concede subsídio às
pessoas que não têm condições de arcar com as mensalidades.
Com
informações O Povo Online
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