A Ministra do Desenvolvimento Social (MDS), Tereza Campelo comemorou os resultados - foto divulgação |
Estudantes
beneficiados pelo Bolsa Família, que estão entre os mais pobres do Brasil,
tiveram mais sucesso escolar no ensino médio que a média do País. Segundo dados
do Ministério do Desenvolvimento Social, as taxas de aprovação (principal
índice que mede o desempenho educacional) desse grupo são maiores desde 2008
quando comparados com o geral. A evasão também é menor.
Tradicionalmente,
a realidade socioeconômica é crucial para os resultados escolares. Mas, como a
contrapartida do programa do Governo Federal é que as famílias mantenham os
filhos na escola, há impacto imediato nas taxas de abandono. Em 2011, enquanto
a média de abandono no País era de 10,8%, essa taxa entre os alunos do Bolsa
Família ficou em 7,2% - diferença de um terço.
Além
de não abandonarem a escola, esses alunos estão são menos reprovados. A taxa de
aprovação em 2011 no ensino médio era de 75,2% no geral. Para alunos de Bolsa
Família esse resultado foi de 79,9%.
Para
a ministra do Desenvolvimento Social (MDS), Tereza Campelo, os resultados são
uma surpresa. “Isso não é só estatística, é realidade que transforma a
sociedade. Esse aluno não vai repetir a trajetória dos pais”, disse a ministra,
que participou no 14.º Fórum Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação, na
Bahia.
Esse
comportamento não existia no primeiro ano do Bolsa Família, em 2003, quando não
se exigia comprovação de frequência - apenas a matrícula. O programa exige que
estudantes entre 6 e 15 anos precisam ter estar pelo menos 85% do ano letivo na
escola; de 16 e 17 anos, pelo menos 75%. Segundo o Governo Federal, mais de 96%
de crianças e jovens participantes do Bolsa Família superaram o índice mínimo
de frequência escolar. “Como precisa de frequência maior, o aluno tem exposição
maior na escola”, explicou Tereza.
“É
um dado positivo que surpreende. Se conseguirmos atrelar mais políticas de
desenvolvimento social, saúde e educação, em esforços conjuntos, será um grande
avanço”, diz a diretora executiva da ONG Todos Pela Educação, Priscila Cruz.
Com
informações Agência Brasil
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