A
Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) e a Secretaria Municipal de Saúde de Altaneira iniciam hoje (15/04), a campanha de imunização contra a gripe que
vai até o dia 26 de abril. A meta é vacinar, durante a campanha, 80% da
população. São crianças de seis meses a menores de 2 anos, trabalhadores de
saúde, gestantes, puérperas até 45 dias após o parto, idosos a partir de 60
anos, portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições
clínicas especiais, como obesidade e transplantados, e 15.200 presidiários.
Todos
os servidores da Secretaria Municipal de Saúde e os veículos do Município serão
usados para garantir ampla cobertura de vacinação nos postos de Saude, sedes
dos PSF e no Hospital Municipal. Estarão à disposição da população as unidades
de saúde com sala de vacina, instituições de idosos, hospitais e postos
volantes. Equipes também oferecerão vacina em domicílio para as pessoas
impedidas de se deslocar até um posto de vacinação. Durante a campanha serão
oferecidas as vacinas Trivalente, contra Influenza B (Sazonal), Influenza A
(H3N2) e Influenza A (H1N1); Pneumococo 23 valente, contra doenças invasivas
causadas pelo pneumococo para pessoas institucionalizadas e acamadas; Hepatite
B, para intensificação na faixa etária até 29 anos; e dupla adulto, contra
difteria e tétano.
H1N1
A
influenza é uma infecção viral aguda que afeta o sistema respiratório. É de
elevada transmissibilidade e distribuição global, com tendência a se disseminar
facilmente em epidemias sazonais. A transmissão ocorre por meio de secreções
das vias respiratórias da pessoa contaminada ao falar, tossir, espirrar ou
pelas mãos, que após contato com superfícies recém contaminadas por secreções
respiratórias podem levar o agente infeccioso direto à boca, aos olhos e ao
nariz.
Os
sintomas, muitas vezes, são semelhantes aos do resfriado, que se caracterizam
pelo comprometimento das vias aéreas superiores, com congestão nasal, tosse,
rouquidão, febre variável, mal-estar, mialgia e cefaléia. A maioria das pessoas
infectadas se recupera dentro de uma a duas semanas sem a necessidade de
tratamento médico. No entanto, nas crianças muito pequenas, idosos e portadores
de quadros clínicos especiais, a infecção pode levar à formas clinicamente
graves, pneumonia e morte.
Os
casos graves da doença evoluem para a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG)
levando até mesmo ao óbito. Essas complicações são bem mais comuns entre
menores de 2 anos, idosos, gestantes e pessoas com história de patologias
crônicas, podendo elevar as taxas de morbimortalidade nestes grupos
específicos.
O
Comitê Consultivo em Práticas de Imunizações (ACIP), do Centro de Controle de
Doenças (CDC), assim como o Comitê Técnico Assessor em Imunizações (CTAI), do
Ministério da Saúde, e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e
Obstetrícia (FEBRASGO) recomendam a vacinação de rotina contra a influenza para
todas as mulheres gestantes durante o inverno. Durante a epidemia da influenza
sazonal, pandemias anteriores e a pandemia pela influenza A (H1N1) 2009, a
gravidez colocou as mulheres saudáveis em risco aumentado, sendo as gestantes
consideradas de alto risco para a morbidade e a mortalidade, reforçando a
necessidade da vacinação.
Estudos
têm demonstrado que as puérperas apresentam risco semelhante ou maior que as
gestantes de ter complicações em decorrência da influenza durante a gestação ou
no período do puerpério. Neste sentido, puérperas, no período até 45 dias após
o parto, serão incluídas no grupo alvo de vacinação.
Grupos
Prioritários
-
Crianças de seis meses a menores de dois anos: deverão receber a vacina contra
influenza. Todas as crianças que receberam uma ou duas doses da vacina da
influenza sazonal, devem receber apenas 1 dose em 2013. Também deve ser
considerado o esquema de duas doses para as crianças menores de 9 anos que
serão vacinadas pela primeira vez, devendo-se agendar a segunda dose para 30
dias após a 1ª dose. Todas as crianças de 6 meses a menor de 9 anos que
receberam uma ou duas doses da vacina contra a influenza sazonal em 2012, devem
receber apenas 1 dose em 2013.
-
Gestantes: deverão receber a vacina influenza todas as gestantes em qualquer
idade gestacional. Para o planejamento da ação, torna-se oportuno a
identificação, localização e o encaminhamento dessas, para a vacinação nas
áreas adstritas sob responsabilidade de cada serviço de saúde dos municípios.
Para este grupo não haverá exigência quanto à comprovação da situação gestacional,
sendo suficiente para a vacinação que a própria mulher afirme o seu estado de
gravidez. A vacinação de gestantes contra a influenza é segura em qualquer
idade gestacional. A experiência pós-comercialização com a vacina influenza
sazonal inativada e com a vacina influenza pandêmica (H1N1) 2009 inativada, no
Brasil e em outros países, não identificou qualquer risco associado ao uso da
vacina em gestantes.
-
Puérperas: mulheres no período até 45 dias após o parto, serão incluídas no
grupo alvo de vacinação. Para isso, deverão apresentar qualquer documento,
durante o período de vacinação (certidão de nascimento, cartão da gestante,
documento do hospital onde ocorreu o parto, entre outros).
-
Trabalhador de Saúde: eleito para vacinação é aquele que exerce atividades de
promoção e assistência à saúde, atuando na recepção, no atendimento, na
investigação de casos de infecções respiratórias, nos serviços públicos e
privados, nos diferentes níveis de complexidade, cuja ausência compromete o
funcionamento desses. Como exemplo: o trabalhador que atua na atenção básica
/estratégia saúde da família e os agentes de endemias, pronto atendimento,
ambulatórios e leitos em clínica médica, pediatria, obstetrícia, pneumologia de
hospitais de emergência e de referência para a influenza e unidades de terapia
intensiva. Assim, trabalhadores de saúde que exercem suas atividades em
unidades que fazem atendimento para a influenza, bem como recepcionistas,
pessoal de limpeza, seguranças, motoristas de ambulâncias, dessas unidades equipes
de laboratório responsáveis pelos diagnósticos, profissionais que atuam na
vigilância epidemiológica, e os que atuam no controle sanitário de viajantes
nos postos de entrada dos portos, aeroportos e fronteiras deverão ser
vacinados.
-
Povos indígenas: a vacinação será indiscriminada para a toda população
indígena, a partir dos seis meses de idade. A programação de rotina é
articulada entre o Programa Nacional de Imunizações (PNI) e a Secretaria de
Atenção a Saúde Indígena (SESAI).
-
Indivíduos com 60 anos ou mais de idade deverão receber a vacina Influenza.
-
População privada de liberdade: o planejamento e operacionalização da vacinação
nos estabelecimentos penais deverão ser articulados com as Secretarias
Estaduais e Municipais de Saúde e Secretarias Estaduais de Justiça.
-
Pessoas portadoras de doenças crônicas: a vacinação contra influenza tem
contribuído na redução das complicações e da mortalidade em indivíduos
portadores de doenças crônicas e outras condições especiais deverão ser incluídas
na campanha de vacinação de 2013 (veja quadro). A vacinação deste grupo passa a
ser realizada em todos os postos de vacinação e não apenas nos Centros de
Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE). No entanto, mantém-se a
necessidade de prescrição médica, que deverá ser apresentada no ato da
vacinação.
Pacientes
já cadastrados em programas de controle das doenças crônicas do Sistema Único
de Saúde (SUS), devem se dirigir aos postos que estão cadastrados para
receberem a vacina. Caso no local de atendimento onde são atendidos
regularmente não tenha um posto de vacinação, devem buscar a prescrição médica
na próxima consulta que estiver agendada, visando garantir esse documento com
antecedência, para evitar filas no período da vacinação.
Pacientes
que são atendidos na rede privada ou conveniada, também devem buscar a
prescrição médica com antecedência, junto ao seu médico assistente, devendo
apresentá-la nos postos de vacinação durante a realização da campanha de 2013.
Com
informações Assessoria de Comunicação da Sesa
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