Por
iniciativa da diretoria de mulheres da UNE, com o objetivo de ser um espaço de
auto-organização e fortalecimento do debate feminista na entidade, contribuindo
no combate ao machismo e todas as formas de opressão sofridas pelas mulheres
dentro das universidades e no movimento estudantil surgiu em 2005 o Encontro de Mulheres da UNE. A segunda
edição, que ocorreu em 2007 consolidou o Encontro e permitiu a criação de uma
agenda própria.
Em
2011 o EME contou com a participação de centenas estudantes de todo o Brasil em
Salvador. Com o mote “Ô abre alas que as mulheres vão passar” o Encontro
reforçou a luta por creches, assistência estudantil, currículos acadêmicos que
abrangem a discussão de gênero e educação não sexista. A partir do encontro foi
criada uma agenda de avanços para as mulheres nos espaços de decisão dentro e
fora da Entidade e apresentar os desafios da mulher brasileira que, mesmo se
admitindo avanços no campo das políticas públicas, no acesso à educação, ainda
sofrem com as duplas jornadas de trabalho, com a falta de autonomia e a
mercantilização de seus corpos, com a criminalização do aborto e com os valores
patriarcais e mercadológicos arraigados no seu cotidiano.
A
construção do 5º. EME carrega a trajetória de centenas de mulheres na UNE que
unidas rompendo barreiras conquistaram a obrigatoriedade de 30% de mulheres da
diretoria, construíram coletivos de mulheres estudantes nas universidades,
realizaram uma massiva campanha pela legalização do aborto, campanhas
permanentes pelo fim dos trotes machistas e criação de creches.
Aponta-se
também na luta das mulheres na UNE a importância da disputa dos valores da
juventude brasileira. Acredita-se que a construção de um país mais justo passa
por transformações estruturantes importantes, que para serem reais, tem de
contemplar a pauta das mulheres. Da luta pela democratização dos meios de
comunicação com combate à mídia sexista à luta até a luta pela reforma política
com inclusão real das mulheres com voto em lista pré-ordenada e alternância de
gênero, todo avanço das conquistas feministas é uma forma de democratização da
sociedade.
E
para construir essa pauta democratizante, entende-se que a universidade cumpre
um papel central. Por isso as mulheres estudantes queremos garantir que a
universidade que hoje contempla metade das mulheres em seu corpo discente, seja
também a universidade que contemple as mulheres na sua produção de conhecimento
e garanta a permanência das estudantes.
Entende-se
também que uma educação de qualidade deve combater a opressão machista e se
debruçar em construir a universidade a serviço do povo. Portanto, para que caminhada
de luta e perspectiva de construir maiores avanços, a UNE reafirma na sua luta
pela igualdade, a luta feminista e declara em alto e bom som que:
"Para
Mudar a Universidade: #SomosTodasFEMINISTAS!"
Com
informações Blog Mulheres da UNE
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