Fumaça preta sai da chaminé da Capela Sistina e conclave ainda não elege o novo Papa - Andreas Solaro |
Os
cardeais eleitores fizeram uma primeira votação para a escolha do novo papa
nesta terça-feira e o resultado não foi conclusivo. A prova foi a fumaça negra
saindo da chaminé instalada no teto da Capela Sistina.
O
segundo dia do conclave que elegerá o sucessor de Bento XVI tem previstas duas
votações pela manhã e duas à tarde. Caso não haja um nome de consenso, como
ocorreu na votação desta terça, novamente os fiéis verão fumaça negra saindo da
chaminé. Se algum nome alcançar maioria de dois terços, ou 77 votos, a fumaça
será branca, anunciando que a Igreja Católica tem um novo papa.
O
conclave teve início com a procissão dos 115 cardeais eleitores da Capela
Paulina até a Capela Sistina, no Vaticano. Eles também prestaram juramento de
sigilo, um a um, e todos os que não participariam do processo de votação
deixaram o local. Nenhum contato com o mundo exterior é permitido durante o
conclave.
Pela
manhã, uma missa na Basílica de São Pedro iniciou os ritos para a escolha do
novo pontífice. O decano do Colégio dos Cardeais, Angelo Sodano, responsável
pela homilia, pediu aos cardeais que elegerão o novo papa que se comportem de
“maneira digna”, com “humildade, mansidão e paciência”. Ele ainda pediu aos
membros do conclave que colaborem para manter a unidade da Igreja.
Contexto
– Um conclave realizado com o antigo papa ainda vivo é uma novidade para os
cardeais no Vaticano, mas este ano, o conclave que escolherá o sucessor do
agora papa emérito Bento XVI tem outra situação incomum. As reuniões
preparatórias giraram em torno de temas incômodos para o Vaticano, como as
irregularidades no Banco do Vaticano e a descoberta de chantagem envolvendo
altos integrantes da Cúria que participavam de orgias homossexuais. Houve
discussões sobre a divulgação do conteúdo de um relatório com informações sobre
os problemas internos da Cúria aos cardeais – a expectativa é que apenas o
futuro papa tenha acesso ao documento.
Os
cardeais americanos foram os mais insistentes, mas depararam com a resistência
dos cardeais da Cúria, liderados pelo ex-secretário de Estado Tarcísio Bertone.
Apesar da tentativa do camerlengo de esconder os desmandos no Vaticano, muitas
informações foram publicadas por jornais italianos. Para alguns cardeais, ter
acesso ao conteúdo completo da apuração encomendada por Bento XVI a três
cardeais de sua confiança poderia influenciar seu voto, já que uma das
características apontadas como essenciais para o próximo pontífice é a
habilidade de gerir problemas e conhecimento sobre a Cúria Romana para poder
reformá-la.
Com
informações Portal Terra
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