Na cerimônia, o presidente Francisco Aguiar, prometeu celeridade nos julgamentos das contas públicas - Foto Viviane Pinheiro |
Prometendo
dar celeridade ao julgamento das contas públicas de gestão e uma maior
transparência aos recursos públicos, o conselheiro Francisco Aguiar foi
empossado ontem presidente do Tribunal de Contas dos Municípios do Ceará - TCM.
Os conselheiros Marcelo Feitosa e Hélio Parente foram empossados como
vice-presidente e corregedor, respectivamente, em cerimônia que contou com a
presença de várias autoridades, entre elas, o governador Cid Gomes.
A
sessão especial constou apenas de discurso do então presidente, Manoel Veras,
leitura do termo de posse pelo secretário do Tribunal, Fernando Diogo,
juramento e assinatura do termo de posse, transferência do cargo e discurso de
Francisco Aguiar, que prometeu rigor nas fiscalizações, agilidade nos
julgamentos dos processos e capacitação dos servidores, da sociedade e dos
gestores municipais.
A
escolha dos novos dirigentes do TCM ocorreu em dezembro, e o mandato é de dois
anos. Dos sete conselheiros do Tribunal de Contas, apenas Ernesto Saboya, que
está de férias, não participou da sessão de ontem, sendo substituído pelo
auditor Manasses Pedrosa.
O
novo presidente do TCM, Francisco Aguiar, afirmou que "nunca é demais
mostrar às claras o que fazemos com os recursos gerados pelos
contribuintes". No discurso de posse, o conselheiro disse que "o
primado da transparência, no qual o TCM tem se identificado com exemplos bastante
sólidos, permitindo o acesso da população a milhares de informações, nossas e
dos municípios, será reforçado em todas as direções possíveis".
Aguiar
conclamou os demais conselheiros, o Ministério Público de Contas, auditores e
funcionários para um trabalho conjunto. Ele também requereu a parceria e ajuda
do Governo do Estado, que, segundo explicou, sempre acolheu as solicitações do
Tribunal e de outros órgãos públicos, como o Ministério Público, Controladoria
Geral da União, Tribunal de Contas do Estado do Ceará, dentre outros.
O
conselheiro Manoel Veras, em seu discurso de despedidas, fez um breve relato da
sua administração, destacando o posicionamento dos auditores na produção
processual, o início do modelo de auditorias operacionais, a criação do Portal
da Transparência para as prefeituras, criação da ouvidoria e da controladoria e
credenciamento do TCM para auditar projetos financiados pelo Banco
Interamericano de Desenvolvimento (BID).
O
ex-presidente ainda informou que deixava em caixa um aporte de R$ 3,6 milhões,
resultado de negociação conjunta com o Governo do Estado e TCE para manutenção
da conta-movimento do TCM no Bradesco. Manoel Veras disse considerar o
exercício da função de presidente do TCM como "um nobre chamado ao
aprendizado".
Sendo
um das grandes demandas do Tribunal de Contas dos Municípios, o julgamento de
contas públicas de gestão não acompanha a renovação das administrações
públicas, de modo que esses processos se acumulam naquela Corte. O novo
presidente do TCM destacou que quer agilizar os julgamentos e pretende acelerar
a digitalização dos processos mais recentes.
Para
Francisco Aguiar, o que a sociedade espera do Tribunal é que um prefeito
termine o mandato sem ter duas ou três prestações de contas julgadas, como
ocorre hoje. Ele reconhece que parte da demora deve-se aos prazos estabelecidos
por lei, à quantidade pequena de conselheiros para julgar (sete) e ao volume de
processos dos 184 municípios do Estado.
A
digitalização dos processos já foi iniciada. Em 2012, foram devolvidos às
prefeituras mais de seis mil processos, calcula Aguiar. Na avaliação dele, o
ideal seria chegar ao fim da sua administração, em 2014, julgando contas de
governo de 2012, que deverão chegar ao TCM em abril deste ano. Francisco Aguiar
explicou que também que ampliar as iniciativas de contato com a população,
incentivando as fiscalizações através do controle social.
Com
informações O Povo Online
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