O novo partido da defensora do meio ambiente, Marina Silva, tem sugestões como “Semear” e “Partido da Terra” – foto Fabio Rodrigues Pozzebom |
A
ex-senadora Marina Silva anunciou que o novo
partido político que está criando terá um programa que pretende viabilizar a
defesa do interesse público.
—
Será uma proposta que compreenda a política na sua razão de ser, que é a busca
pelo bem comum, para viabilizar a defesa do interesse público. Essa será a cara
[do partido], a cara do interesse público. Da defesa do desenvolvimento
sustentável, da ética na política, da justiça social e da liberdade.
Marina
ainda evita falar abertamente sobre a nova sigla, mas marcou para o dia 16 de
fevereiro a reunião que irá oficializar a criação de seu novo partido, que
nasce para viabilizar sua candidatura à Presidência da República.
Marina
deixou o PV em julho de 2011 após quase dois anos no partido. A ex-senadora
passou meses se desentendendo com a direção nacional da sigla até decidir
abandonar a legenda. Ela ficou terceiro lugar na corrida presidencial de 2010,
conquistando quase 20 milhões de votos.
Hoje,
ela se reuniu com apoiadores em São Paulo para dar continuidade à discussão
sobre o novo partido.
—
É uma decisão em processo e é um esforço programático. É por isso que não nos
deixamos levar pela tentação de criar um partido assim que saímos do PV. Eu
disse que não iria ficar na cadeira cativa de candidato a Presidência da
República.
No
encontro, promovido pelo Movimento por uma Nova Política, foram apresentados à
ex-senadora os nomes mais votados em uma enquete virtual realizada para batizar
a sigla.
Entre
as mais de 40 opções sugeridas pelos internautas, despontavam na liderança
“Semear” (Sustentabilidade, Educação, Meio ambiente, Ética e Renovação), “Rede
Verde” e “Partido da Terra”.
Para
viabilizar a candidatura em 2014, Marina e seus apoiadores vão precisar correr
contra o tempo e conseguir recolher cerca de 500 mil assinaturas até outubro,
data limite para poder registrar a legenda no TSE (Tribunal Superior
Eleitoral).
Desde
meados do ano passado, Marina tem intensificado os contatos com lideranças
políticas para discutir o assunto. São esperados na nova legenda a ex-senadora
Heloísa Helena (PSOL), o deputado federal Walter Feldman (PSDB-SP) e o vereador
Ricardo Young (PPS-SP).
“Velhas
lideranças”
A
ex-ministra do Meio Ambiente disse que lideranças políticas que não compreendam
a questão do desenvolvimento sustentável não serão bem-vindas na nova sigla.
—
É um esforço programático, e como essas lideranças tem tido muita dificuldade
de entender o desenvolvimento sustentável e toda a dimensão dessa agenda, e não
é pelo que se diz, mas pelo que se faz. Se olharmos a postura dessas lideranças
em relação ao código florestal e a essas questões que estão acontecendo no
Brasil. Dificilmente eles teriam identidade programática.
Marina
disse ainda que não está adaptando seu discurso para integrar pessoas “de
qualquer forma”.
—
Queremos um esforço programático para ir integrando legitimamente aqueles que
querem muito mais do que concorrer a uma eleição. Estamos procurando
interessados em construir muito mais que um partido, porque partidos já existem
muitos.
Com
informações Portal R7
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