Jogadores do Corinthians se chocam sob olhar do atleta do Ahly - foto Toshifumi Kitamura |
A
diferença técnica entre Corinthians e Al Ahly (EGI) tão cantada antes da
semifinal do Mundial de Clubes não se evidenciou na partida desta quarta-feira,
no Toyota Stadium. Pelo menos analisando os números do FOOTSTATS, a
superioridade corintiana caiu por terra. No quesito finalizações, por exemplo,
o Timão ficou atrás: cinco contra sete dos egípcios.
As
chances do Al Ahly, campeão africano, foram em sua maioria no segundo tempo,
etapa em que foi superior à equipe brasileira. Foram seis chances dos vermelhos
no período, finalizado com forte pressão e o Corinthians totalmente no campo de
defesa. O Timão, por sua vez, teve duas finalizações no primeiro tempo. Entre
elas, a que definiu o jogo: a cabeçada de Guerreiro, a única finalização certa
do jogo inteiro.
Na
posse de bola também houve equilíbrio, com ligeira vantagem para a equipe de
Tite: 54% a 44%, novamente com domínio brasileiro no primeiro tempo e egípcio,
no segundo.
O
número de passes foi semelhante. O Al Ahly acertou mais: 457 contra 410. E
errou apenas um a mais: 52 a 51. Quem mais acertou passes no Corinthians foi
Alessandro, com 59. Já Danilo errou 14 e foi o recordista negativo no quesito.
Vale lembrar que o Timão chegou ao Mundial gabaritado pela maneira como exerce
o domínio sobre o adversário, sobretudo no toque de bola. Também não foi
soberano.
O
próprio volante Paulinho reconheceu a situação após o embate, mas atentou para
a falta de poder de fogo da equipe adversária, que não conseguiu acertar o gol,
já que todas finalizações foram erradas, para fora do gol de Cássio.
-
Eles tiveram mais posse de bola no segundo tempo, mas não tiveram tantas
chances. O importante é a gente ter conseguido a classificação - afirmou o
volante, que exige melhora na final.
-
Temos de ter mais posse de bola e conseguir equilibrar os dois tempo. Quem
vier, será uma grande final - disse, sem escolher entre Chelsea e Monterrey.
As
duas equipes se equipararam no jogo até nos quesitos de defesa. O Al Ahly
desarmou 20 vezes, mostrando boa pegada no meio de campo, contra 22 desarmes
corintianos. Alessandro, Paulinho e Danilo realizaram quatro cada. Ralf, em
partida pouca inspirada, desarmou três vezes.
-
O Ahly, no primeiro tempo, finalizou uma vez, numa batida de falta inverso. Se
tivesse sido o contrário... Mas também jogamos com a responsabilidade. O Ahly
não jogou o que jogou contra o Hiroshima, porque também tinha a reponsabilidade
de passar, um jogo só, pesa muito. Nós errando passes excessivos e dando volume
- analisou o técnico Tite.
O
JOGO
O
Corinthians teve a bola no pé durante todo o primeiro tempo. A posse ficou em
59% a 41% nos 45 minutos iniciais. À procura de espaços, o Timão assustou a
primeira vez com chute de Douglas, que passou à direita do gol. Finalização
cobrada por Tite ao meia, para chamar a atenção dos marcadores e abrir espaço
para os companheiros.
Bem
organizado taticamente, mas com clara limitação técnica, a equipe do Egito não
conseguia trocar passes no campo de ataque, se precipitando e sendo facilmente
anulado pela defesa corintiana, bem postada e jogando sério. No único susto,
Rabia cabeceou para fora, após falta lateral.
Dúvida
para a partida após o clássico contra o São Paulo, no dia 2, Guerrero marcou o
primeiro gol da equipe na competição. Após bater escanteio e ver a zaga afastar
a bola, Douglas pegou de trivela e a botou na área novamente. No corpo, o
peruano ganhou espaço e cabeceu para o fundo das redes, aos 29 minutos do
primeiro tempo.
O
segundo tempo veio e o Timão, em vantagem, deu um passo atrás, à espera de um
contra-ataque. Situação perigosa, que chamou a equipe árabe para o seu campo.
Aboutrika, maior ídolo do futebol do país, deixou o banco e levou qualidade ao
meio de campo. Outra modificação foi a entrada de Abou no lugar de Ekramy. O
goleiro, ao chutar uma bola para frente, sentiu o músculo posterior da coxa
direita e pediu substituição.
Aos
17 minutos, Rabia deu chute de veneno, à esquerda de Cássio. Três minutos
depois, Fathi recebeu lançamento e saiu na cara do goleiro, mas bateu para
fora. Com a equipe de Tite em momento apático, os egípcios tomaram conta da
bola e enfileiraram chances, com chutes de longa distância e tentativas de
cruzamentos. A zaga, porém, conseguiu afastar os perigos.
Romarinho,
aniversariante do dia (completou 22 anos nesta quarta) e Jorge Henrique,
entraram para tentar mudar o panorama, mas a situação continuou sofrida até o
apito final do árbitro mexicano Marco Rodrígues. No estilo Corinthians.
Com
informações O Povo Online
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