13 de dezembro de 2012

Em jogo sofrido Corinthians vence o Al Ahly e fará a final do Mundial

Jogadores do Corinthians se chocam sob olhar do atleta do Ahly - foto Toshifumi Kitamura
A diferença técnica entre Corinthians e Al Ahly (EGI) tão cantada antes da semifinal do Mundial de Clubes não se evidenciou na partida desta quarta-feira, no Toyota Stadium. Pelo menos analisando os números do FOOTSTATS, a superioridade corintiana caiu por terra. No quesito finalizações, por exemplo, o Timão ficou atrás: cinco contra sete dos egípcios.

As chances do Al Ahly, campeão africano, foram em sua maioria no segundo tempo, etapa em que foi superior à equipe brasileira. Foram seis chances dos vermelhos no período, finalizado com forte pressão e o Corinthians totalmente no campo de defesa. O Timão, por sua vez, teve duas finalizações no primeiro tempo. Entre elas, a que definiu o jogo: a cabeçada de Guerreiro, a única finalização certa do jogo inteiro.

Na posse de bola também houve equilíbrio, com ligeira vantagem para a equipe de Tite: 54% a 44%, novamente com domínio brasileiro no primeiro tempo e egípcio, no segundo.

O número de passes foi semelhante. O Al Ahly acertou mais: 457 contra 410. E errou apenas um a mais: 52 a 51. Quem mais acertou passes no Corinthians foi Alessandro, com 59. Já Danilo errou 14 e foi o recordista negativo no quesito. Vale lembrar que o Timão chegou ao Mundial gabaritado pela maneira como exerce o domínio sobre o adversário, sobretudo no toque de bola. Também não foi soberano.

O próprio volante Paulinho reconheceu a situação após o embate, mas atentou para a falta de poder de fogo da equipe adversária, que não conseguiu acertar o gol, já que todas finalizações foram erradas, para fora do gol de Cássio.

- Eles tiveram mais posse de bola no segundo tempo, mas não tiveram tantas chances. O importante é a gente ter conseguido a classificação - afirmou o volante, que exige melhora na final.

- Temos de ter mais posse de bola e conseguir equilibrar os dois tempo. Quem vier, será uma grande final - disse, sem escolher entre Chelsea e Monterrey.

As duas equipes se equipararam no jogo até nos quesitos de defesa. O Al Ahly desarmou 20 vezes, mostrando boa pegada no meio de campo, contra 22 desarmes corintianos. Alessandro, Paulinho e Danilo realizaram quatro cada. Ralf, em partida pouca inspirada, desarmou três vezes.

- O Ahly, no primeiro tempo, finalizou uma vez, numa batida de falta inverso. Se tivesse sido o contrário... Mas também jogamos com a responsabilidade. O Ahly não jogou o que jogou contra o Hiroshima, porque também tinha a reponsabilidade de passar, um jogo só, pesa muito. Nós errando passes excessivos e dando volume - analisou o técnico Tite.

O JOGO

O Corinthians teve a bola no pé durante todo o primeiro tempo. A posse ficou em 59% a 41% nos 45 minutos iniciais. À procura de espaços, o Timão assustou a primeira vez com chute de Douglas, que passou à direita do gol. Finalização cobrada por Tite ao meia, para chamar a atenção dos marcadores e abrir espaço para os companheiros.

Bem organizado taticamente, mas com clara limitação técnica, a equipe do Egito não conseguia trocar passes no campo de ataque, se precipitando e sendo facilmente anulado pela defesa corintiana, bem postada e jogando sério. No único susto, Rabia cabeceou para fora, após falta lateral.

Dúvida para a partida após o clássico contra o São Paulo, no dia 2, Guerrero marcou o primeiro gol da equipe na competição. Após bater escanteio e ver a zaga afastar a bola, Douglas pegou de trivela e a botou na área novamente. No corpo, o peruano ganhou espaço e cabeceu para o fundo das redes, aos 29 minutos do primeiro tempo.

O segundo tempo veio e o Timão, em vantagem, deu um passo atrás, à espera de um contra-ataque. Situação perigosa, que chamou a equipe árabe para o seu campo. Aboutrika, maior ídolo do futebol do país, deixou o banco e levou qualidade ao meio de campo. Outra modificação foi a entrada de Abou no lugar de Ekramy. O goleiro, ao chutar uma bola para frente, sentiu o músculo posterior da coxa direita e pediu substituição.

Aos 17 minutos, Rabia deu chute de veneno, à esquerda de Cássio. Três minutos depois, Fathi recebeu lançamento e saiu na cara do goleiro, mas bateu para fora. Com a equipe de Tite em momento apático, os egípcios tomaram conta da bola e enfileiraram chances, com chutes de longa distância e tentativas de cruzamentos. A zaga, porém, conseguiu afastar os perigos.

Romarinho, aniversariante do dia (completou 22 anos nesta quarta) e Jorge Henrique, entraram para tentar mudar o panorama, mas a situação continuou sofrida até o apito final do árbitro mexicano Marco Rodrígues. No estilo Corinthians.

Com informações O Povo Online

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